Aprender, crescer e construir com o Partido
Mafalda escolheu falar acerca do receio que muitos amigos e simpatizantes da JCP e do PCP parecem ter em dar o passo da adesão: «Às vezes temos aquele medo de não estarmos preparados ou de que não sabemos o suficiente», confidencia. «O primeiro passo para enfrentar isso é falar com as pessoas, procurar saber um pouco mais e preencher a ficha de inscrição, porque é preciso ter a noção de que o nosso contributo é essencial, seja naquilo que for», afirma. «Não devemos ter medo de assumir isso porque só com um movimento muito grande de reforço da JCP e do PCP, podemos dar uma força maior àquelas que são as nossas propostas concretas para melhorar a vida dos trabalhadores e dos jovens», acrescenta.
Mafalda é natural de Lisboa, tem 21 anos e estuda Ciência Políticas e Relações Internacionais na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Conta que não tem nenhum «momento fundador» da sua primeira memória do Partido, mas sempre teve um grande respeito por aquilo que é o legado histórico do PCP. O seu avô, não sendo militante, sempre foi amigo da organização e, a partir dele, Mafalda sempre ouviu falar dos comunistas e de todo o conjunto de questões justas por eles defendidas. «Tinha até uma memória negativa associada ao Partido porque as discussões que tínhamos no Natal eram sempre em torno de questões políticas e partidárias», conta entre gargalhadas.
O «ponto de viragem» para a jovem foi quando, em 2019, começou a estudar Direito e a trabalhar num supermercado, para poder pagar as propinas. «Foi uma altura muito complicada», revela, acrecentando que se viu confrontada com uma série de condições de trabalho muito precárias, com horários desfasados e um salário muito curto. «Não estava a gostar particularmente do curso e não posso dizer que continuaria lá a estudar se tivesse dinheiro para o fazer, mas não o ter foi uma das causas que contribuiu para abandonar o Ensino Superior», relata.
Mafalda, através de vários convites de uma amiga, começou a participar mais em iniciativas ligadas à organização, mas foi apenas há cerca de um ano que se inscreveu na JCP. Quando voltou a entrar na faculdade, através do seu contacto com o movimento estudantil, conheceu uma série de pessoas que «apresentavam um conjunto de propostas muito justas, muito concretas e muito ligadas àquela que é a realidade dos estudantes». «Percebi que, curiosamente, essas pessoas pertenciam todas à JCP e ao PCP», revela.
Desde então que Mafalda se tem dedicado às tarefas do dia-a-dia no espaço da sua faculdade. Entre elas, conta que a sua integração correu muito bem. O ambiente da JCP, afirma, é de aprendizagem e de construção mútua. «Tive alguma sorte no colectivo. Sendo um espaço em que o trabalho é muito regular e muito activo, os camaradas acabam por estar uns com os outros diariamente e as ligações que criámos são muito fortes porque são baseadas no nosso trabalho e intervenção», salienta.
Hoje, Mafalda, está integrada na Direcção Central do Ensino Superior da JCP e no seu Secretariado. No PCP, inscreveu-se há apenas duas semanas. «Nós, os comunistas, temos uma visão do mundo e do País que queremos construir. Essa foi a opção de classe que fiz e vou continuar a defender esses ideais durante o resto da minha vida», afirma de convictamente.