Grande manifestação de apoio ao governo da Bolívia

Cen­tenas de mi­lhares de tra­ba­lha­dores dos sec­tores ope­rário, cam­ponês, agro-pe­cuário, in­dus­trial, mi­neiro e so­cial, bem como re­pre­sen­tantes dos 36 povos ori­gi­ná­rios in­dí­genas, de todo o país, ra­ti­fi­caram o apoio ao go­verno da Bo­lívia, for­mado pelo Mo­vi­mento ao So­ci­a­lismo (MAS), com uma marcha no dia 25 de Agosto que cul­minou com enorme con­cen­tração po­pular em la Paz.

«A Con­fe­de­ração Geral dos Tra­ba­lha­dores Fa­bris está pre­sente para de­fender a de­mo­cracia e es­ta­bi­li­dade eco­nó­mica do país», afirmou o seu se­cre­tário-geral no acto de massas na Praça de São Fran­cisco, no centro da ca­pital bo­li­viana. O di­ri­gente ope­rário falou pe­rante os mi­lhares de pes­soas que in­te­graram a Marcha pela De­mo­cracia e a Re­cons­trução Eco­nó­mica, de apoio às po­lí­ticas so­ciais e eco­nó­micas do pre­si­dente Luis Arce. «O sector fa­bril ja­mais per­mi­tirá que a di­reita e os ca­pi­ta­listas de­ses­ta­bi­lizem a eco­nomia», as­se­gurou.

Di­ri­gentes sin­di­ca­listas, por sua parte, ad­ver­tiram que não acei­tarão que a di­reita ar­re­bate os re­cursos na­tu­rais do país.

«De­vemos estar unidos porque a di­reita po­lí­tica or­ga­niza-se para nos tirar de novo os nossos re­cursos na­tu­rais. Es­te­jamos alerta porque o ca­pi­ta­lismo, os gringos, querem tomar o poder e não vamos per­mitir isso», ad­vertiu o líder da Con­fe­de­ração Na­ci­onal dos Tra­ba­lha­dores Sin­di­ca­li­zados. E avisou: «Es­tamos mais unidos do que nunca para apoiar a re­ac­ti­vação do país e esta marcha mul­ti­tu­di­nária é um feito his­tó­rico porque apoia um go­verno le­gal­mente cons­ti­tuído que agora mais do que nunca tra­balha para re­cons­truir a eco­nomia».

De igual modo, o pre­si­dente da Fe­de­ração Na­ci­onal de Co­o­pe­ra­tivas Mi­neiras da Bo­lívia ex­pressou o apoio desse sector ao go­verno, su­bli­nhando que não per­mi­tirá a di­visão da Bo­lívia. O líder mi­neiro re­feria-se aos blo­queios e pa­ra­li­sa­ções pro­mo­vidas pelo go­ver­nador de Santa Cruz e ca­be­cilha da di­reita, Fer­nando Ca­macho, que pro­move, com os seus apoi­antes, uma cam­panha an­ti­go­ver­na­mental, a pro­pó­sito da re­pro­gra­mação para 2024 do Censo da Po­pu­lação e Ha­bi­tação. «A Bo­lívia es­tará sempre unida, sempre de pé. Este exér­cito de guar­da­tojos [ca­pa­cetes dos mi­neiros] es­tará sempre unido ao lado dos nossos ir­mãos, o pre­si­dente Luis Arce e o vice-pre­si­dente David Cho­quehu­anca», ga­rantiu.

Arce, Cho­quehu­anca e Evo Mo­rales, di­ri­gente do MAS, li­de­raram a marcha entre as ci­dades de El Alto e La Paz, de apoio à go­ver­nação e de con­de­nação das ten­ta­tivas de­ses­ta­bi­li­za­doras da opo­sição di­rei­tista. A con­vo­ca­tória da ini­ci­a­tiva, pelo Pacto de Uni­dade e a Cen­tral Ope­rária Bo­li­viana, foi apoiada por mais de uma cen­tena de or­ga­ni­za­ções so­ciais.

O pre­si­dente bo­li­viano agra­deceu o apoio po­pular re­ce­bido: «A todas e a cada uma das irmãs e ir­mãos que che­garam de toda a Bo­lívia e pro­ta­go­ni­zaram a maior marcha e con­cen­tração que se viu na his­tó­rica Praça Maior de São Fran­cisco agra­de­cemos o seu es­forço, com­pro­misso e apoio». Acres­centou que «sen­timo-nos mais fortes» e acom­pa­nhou o texto com um vídeo da imensa con­cen­tração, in­ti­tu­lado «Não me sinto só, ir­mãos e irmãs!».




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