Os comunistas agitam unem e mobilizam
Um comunista é um agitador. No espaço onde está inserido, um militante da JCP ou do PCP combate a resignação, a exploração e a violação de direitos. Onde está um ou vários comunistas, as forças opressoras do capital têm mais dificuldades em avançar. O contacto com um comunista é, igualmente, valioso para a consciencialização. São várias as histórias em que os novos militantes, que chegam diariamente ao Partido, revelam que foi um familiar, um amigo ou colega de trabalho comunista que lhes despertou a curiosidade para procurar saber mais acerca dos que o defendem.
Os relatos que chegam esta semana ao Avante! demonstram duas coisas: a importância do contacto com a militância comunista e que, não obstante, a sua ausência não é impeditiva da formação da consciência de classe.
Mónica, do Cacém, explica que conhece o PCP quase desde sempre. Foi, porém através de uma amiga que melhor ficou a conhecer o Partido, os seus ideais e as suas propostas. Com 25 anos, esta nova militante estuda arquitectura, mas trabalha ao mesmo tempo – aos fins-de-semana num restaurante e durante a semana num atelier de maquetas.
Foi no dia 30 de Abril que preencheu a ficha de inscrição, mas foram muitos os passos que conduziram a essa decisão. «Conheci uma militante que está no Partido há vários anos e ficámos amigas. Foi a partir dessa pessoa que comecei a falar daquilo que eram as minhas posições e as do Partido. Tivemos várias conversas e comecei a estar mais atenta ao PCP», conta.
A par disso, Mónica revela que também está integrada no Movimento dos Trabalhadores em Arquitectura, que desde Abril foi constituído como sindicato. «Foi também um pouco a partir daí que comecei a pensar: tenho de tomar Partido».
Com plena convicção de que está certa na sua opção de militar no PCP, a jovem conta que quando tinha 18 anos a sua mãe viu-se forçada a emigrar. «Fiquei em Portugal, mas vivemos algumas dificuldades durante alguns anos. Olhando para trás e tendo em conta a intervenção do PCP, sei que não fomos ainda mais castigados porque havia alguém que defendia os nossos interesses», afirma. «Tenho a convicção de que o Partido é a ferramenta para continuar a defender os interesses de todos os trabalhadores. Isso é ponto assente na minha vida», acrescenta.
André tem 23 anos e a par das tarefas na quinta onde vive, trabalha num armazém no parque industrial de Alcochete. Revela que vem de uma família onde «não se liga muito à política», mas é frontal ao afirmar que cresceu com um avô que defende muitos dos valores do fascismo salazarista. Por essa e por outras razões sempre se questionou acerca do porquê das coisas e de elas terem de ser como são.
Começou por olhar para o Bloco de Esquerda onde chegou a estar inscrito, mas foi aprofundando a sua opinião e, por iniciativa própria, decidiu sair. «Sempre mantive a dúvida se o PCP não teria ideais mais justos e assertivos e propostas que possam mudar a vida das pessoas de forma mais concreta», explica. Decidiu entrar no PCP, onde está há cerca de quatro meses.
Acerca da sua integração na organização, André conta que tem corrido muito bem: «os camaradas estão sempre prontos para ajudar, sempre em contacto comigo e, todas as semanas, vou ao centro de trabalho. Já subscrevi O Militante e o Avante!».
Acerca da militância comunista, afirma também que não tem dúvidas e que o PCP é o «Partido certo para quem quer seguir em frente».