Polícias carecem de medidas estruturais
«Urge pôr fim a uma política de remendos e começar a responder com medidas de natureza estrutural», considera o PCP a respeito das carências verificadas na PSP.
O Partido defende que os problemas sejam verdadeiramente atacados
Em nota de imprensa divulgada após notícias darem conta «de que que pelo menos cerca de mil agentes da PSP terão sido notificados para abandonar, num prazo relativamente curto, as camaratas onde residem, em Lisboa», o Partido defende que os problemas sejam verdadeiramente atacados «seja em matéria de alojamentos, no plano salarial, do subsídio de risco e outros apoios sociais, valorizando as carreiras, garantindo as condições de atractividade e para o exercício da profissão com dignidade».
O alegado objectivo seria o de «ceder os respectivos lugares aos formandos que estão a concluir o curso», mas para os comunistas tal «ilustra a metodologia adoptada pelo Governo PS». Ou seja, «ao invés de se resolver problemas de fundo com soluções estruturantes, assumem-se medidas com abrangência reduzida. Neste caso, para poder chegar aos novos agentes, trabalhando a imagem de atractividade da carreira, expulsam deste apoio polícias que também dele necessitam».
O Partido lembra, ainda, que «estes relatos surgem na mesma altura em que o MAI anuncia um reforço de 20 milhões de euros de investimento em alojamento para agentes da PSP, a juntar aos 40 milhões anteriormente divulgados». Ora, «para o PCP, este facto não pode deixar de levantar a questão, ainda por responder pelo MAI, sobre qual a real abrangência desta medida e se virá realmente resolver um problema ou se será apenas mais uma operação de propaganda».
Para o PCP, compete ainda ao Governo «encontrar soluções, mesmo com natureza provisória, até que uma solução de carácter mais global estivesse efectivada».
Simultaneamente, a propósito do encerramento de esquadras no centro da cidade do Porto, a coordenadora local da CDU lembra que, ao contrário do que garantia a tutela, o encerramento de esquadras e a concentração de efectivos não conduziu ao reforço de meios. «Pelo contrário, correspondeu a um desinvestimento nas forças de segurança».
«Perante a gravidade da situação e o natural alarme social gerado, o Governo, que se manteve surdo perante as sucessivas chamadas de atenção da CDU e das forças sindicais, procura, agora, dar uma imagem de acção, apresentando medidas “milagrosas”», mas a CDU considera-as «um remendo, que reflecte uma opção errada, privilegiando a resposta aos turistas em prejuízo da necessária e prioritária garantia de segurança e tranquilidade das populações da cidade».