A Plataforma P’la Reposição das SCUT na A23 e A25 dirigiu um ofício ao primeiro-ministro e aos ministros da Coesão Territorial, das Finanças e das Infraestruturas e Habitação a reclamar a suspensão imediata das portagens no Interior (A23, A24 e A25). Na sua opinião, esta é «uma medida de emergência regional e de bom senso económico» que o Governo deve implementar com a «máxima urgência, sob a pena de aquilo que se ganha em cobrança de portagens se perca em actividade económica».

No documento – enviado no dia 29 de Junho – recorda-se que em 2017 a Plataforma propôs ao governo de então «a redução progressiva das portagens no Interior (A23, A24 e A25) de forma que nessa legislatura fossem integralmente eliminadas. O facto é que (…) essas portagens, embora tenham tido reduções no seu valor, ainda vigoram, o que é injusto e penalizador para o Interior, para a sua economia e empresas, para os trabalhadores e para a população em geral».

A situação agrava-se com o «aumento desmesurado do preço dos combustíveis, da energia, do gás e dos bens de primeira necessidade que, associado ao custo das portagens e de outras taxas e impostos, torna incomportáveis as deslocações do Interior para o Litoral e vice-versa» e «debilita ainda mais a economia do Interior, agravando os indicadores demográficos de envelhecimento da população, de despovoamento com a emigração dos mais jovens, em especial os mais qualificados, e da diminuição da capacidade competitiva do Interior numa economia globalizada», acrescenta a Plataforma.