Assembleias são expressão da democracia interna do PCP
Para além das assembleias de âmbito regional, de que damos conta noutras páginas deste jornal, estão a realizar-se um pouco por todo o País assembleias de organizações concelhias do Partido, expressão ímpar da sua democracia interna.
As organizações do Partido definem prioridades e apontam soluções
Em Loures, a 15.ª Assembleia da Organização Concelhia do PCP realizou-se em Sacavém sob o lema Organizar, lutar, avançar. Um Partido mais forte. Rui Braga, do Secretariado do Comité Central, interveio no encerramento dos trabalhos.
Na resolução política, aprovada por unanimidade, aponta-se entre os principais objectivos da Assembleia o empenho de toda a organização e de cada um dos seus membros no recrutamento e integração de novos militantes, bem como a necessidade de aumentar a capacidade financeira do Partido. Para isto, a campanha da quota em dia e actualizada assume uma importância central. O reforço dos núcleos activos e das direcções de todas as organizações partidárias no concelho é também prioritário.
Ao nível das propostas e bandeiras de luta para o concelho, destacou-se a extensão do Metro a Loures e Sacavém, mais e melhores serviços públicos de saúde, primários e hospitalares, e a luta contra o aumento do custo de vida. Na Assembleia, em que participaram mais de 100 delegados, foram proferidas 33 intervenções e aprovadas duas moções: Pela concretização dos projectos do Metro Ligeiro de Superfície em Loures e Sacavém e Pela Defesa do Direito Constitucional à Saúde, pelo reforço do SNS e por mais e melhores cuidados de saúde no Concelho de Loures.
Também no Barreiro, os comunistas realizaram a sua Assembleia de Organização Concelhia, a 13.ª, sob o lema Por um PCP mais Forte. Defender os trabalhadores e o povo!. Na SIRB «Os Penicheiros» estiveram 120 delegados, que aprovaram por unanimidade a resolução política. No documento, sujeito a ampla discussão na fase preparatória como na própria assembleia, aponta-se caminhos para reforçar organizações e organismos, para estreitar a ligação do Partido às massas, para aumentar a sua capacidade de dinamizar a luta. Estes são, garante-se no documento aprovado, factores determinantes para o êxito dos objectivos que os comunistas se propõem realizar no Barreiro.
Para além da resolução política, foram aprovadas por unanimidade quatro moções, sobre outros tantos temas prementes: A luta pela reconstituição das freguesias, a defesa dos serviços públicos e o combate à chamada «transferência de competências», a defesa da paz e a solidariedade e outra ainda pela valorização do Serviço Nacional de Saúde. A Comissão Concelhia eleita, também por unanimidade, mantém uma maioria de operários e empregados, bem como uma forte ligação às principais empresas e locais de trabalho do concelho. Armindo Miranda, da Comissão Política, interveio no encerramento dos trabalhos.
A 11.ª Assembleia da Organização Concelhia de Oeiras, realizada no dia 28, contou com a participação de 60 delegados, que aprovaram a Resolução Política e elegeram a nova Comissão Concelhia, composta por 28 elementos, alguns dos quais não a integravam anteriormente. Em destaque estiveram os problemas do concelho e as propostas para os resolver, a avaliação da intervenção partidária nos últimos anos e a sua projecção futura, assim como as medidas a tomar para reforçar a organização. Valorizada foi a luta travada nos últimos dias pelos estudantes em várias escolas do concelho.
Foi aprovada uma moção pela paz e destacada a importância da participação no Desfile pela Paz de 25 de Junho, em Lisboa.
No encerramento, interveio Jorge Pires, da Comissão Política.
Já em Sines, a Assembleia da Organização Concelhia do Partido realizou-se no dia 29, na Capela da Misericórdia. Debateu-se a realidade do concelho e os problemas mais sentidos pelos trabalhadores e as populações. E fez-se mais: da 11.ª Assembleia saíram propostas para os superar e a reafirmação de que só com a luta tal será possível. A Resolução Política e a nova Comissão Concelhia foram aprovadas por unanimidade.