Tudo vem confirmar a intenção de não produzir em Matosinhos
A Direcção da Organização Regional do Porto (DORP) do PCP nota que «o anúncio recente de que a refinaria de lítio não será na região, confirma que da parte da administração da Galp, do Governo e da Câmara Municipal de Matosinhos nunca houve uma real intenção de assegurar a manutenção de uma unidade produtiva nos terrenos de Leça da Palmeira». Pelo contrário, «o que prevaleceu foi a intenção de dar a mão aos grupos económicos que beneficiaram de centenas de milhões com este encerramento [da Refinaria de Matosinhos], com o governo a abdicar da sua posição accionista na estrutura da Galp».
A DORP insiste, também, que «o encerramento da refinaria da Galp em Matosinhos confirma-se como um crime económico e social, com profundos prejuízos para a região e para o País». Tanto mais evidente quanto, no actual contexto de aumento brutal do preço dos bens e serviços, incluindo dos combustíveis, o encerramento daquela unidade significa «a aniquilação da capacidade de refinação, colocando-nos numa situação de maior dependência externa».
«Da parte do PCP, sempre nos opusemos ao encerramento da refinaria de Matosinhos, sempre defendemos a sua reabertura e a retoma da sua actividade produtiva e hoje reafirmamos essa posição», lê-se igualmente no texto divulgado dia 20, no qual se considera que «a solução de “espaços tecnológicos”, serviços, hotéis e habitação» para aquela área «está longe de responder às necessidades».