Alienação de património compromete futuro dos CTT
O PCP inquiriu o Governo sobre a alienação de património levada a cabo pelos CTT, receando que tal operação venha a comprometer o futuro da empresa.
«Tratando-se de imóveis, na esmagadora maioria afectos à prestação do Serviço Postal Público, há razões para temer, naturalmente, que essa opção venha a degradar ainda mais a qualidade da operação postal e hipoteque o próprio futuro do serviço público e universal de Correios», refere o deputado comunista Bruno Dias em pergunta dirigida, no dia 11, aos titulares das pastas das Finanças e das Infra-estruturas.
No texto recorda-se que a empresa possui um imenso património imobiliário, essencial para o cumprimento das suas obrigações de serviço público, que todavia tem vindo a ser delapidado, como aconteceu com a venda do edifício que foi a sua sede histórica.
E com que objectivo? «Serviu para financiar a criação e os diversos aumentos de capital do Banco CTT e para pagar elevados dividendos aos accionistas», esclarece o deputado comunista, antes de observar que a nova empresa recentemente criada, a CTT-IMO, onde vai ser integrado o património imobiliário dos CTT, tem por objectivo final «alienar e engrossar ainda mais os dividendos para os accionistas».
Daí o repto de Bruno Dias aos dois ministros no sentido de esclarecerem quais as medidas que o Governo pensar adoptar para «salvaguardar o património imobiliário dos CTT e evitar a desvalorização e descapitalização da empresa».