Recusado cheque em branco à IP

Na última reunião de negociação da revisão do acordo colectivo de trabalho (ACT) do Grupo Infra-estruturas de Portugal, a administração nomeada pelo Governo recusou-se a assumir compromissos para aplicação das suas próprias propostas, pelo que as estruturas da CGTP-IN não aceitaram qualquer acordo.

Mesmo deixando o momento da concretização dos aumentos salariais e outras propostas para depois de ser formado um novo Governo e aprovado o Orçamento do Estado, a Fectrans, o Sindicato dos Ferroviários (SNTSF) e a federação da Função Pública (FNSTFPS) admitiram que tal posição pudesse ser «ponto de partida para um acordo».

Tal dependeria de três pressupostos: salvaguardar que não haveria nenhum aumento inferior ao já aplicado na Administração Pública; aumentar progressivamente o subsídio de refeição, para generalizar em 2022 o valor máximo já em vigor nalgumas empresas do grupo; aplicar o resultado do acordo em Fevereiro, com retroactivos a Janeiro.

Estes pressupostos não foram aceites pelos representantes patronais.

Preparadas para retomar a discussão das suas propostas no quadro do novo governo, as organizações da CGTP-IN no Grupo IP reafirmaram, no comunicado conjunto emitido a 1 de Fevereiro, que vão continuar a exigir: valorização dos salários (considerando o aumento do salário mínimo nacional); redução dos horários de trabalho e cumprimento das regras de organização do trabalho; alargamento do ACT a todos os trabalhadores.

 



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