PCP sublinha confiança e soluções para o País

«É possível com a acção de todos construir uma vida melhor neste País que é o nosso», sublinha Jerónimo de Sousa na mensagem de Ano Novo, contrastando com o primeiro-ministro que em missiva natalícia pecou ao não apontar uma perspectiva de superação da actual conjuntura.

O Partido enfrenta os problemas convicto em encontrar soluções

Em mensagem a divulgada hoje nos canais do Partido, à qual o Avante! teve acesso, o Secretário-geral considera que a confiança do PCP é a de quem «olha para os problemas com a convicção de que há respostas e soluções para os enfrentar». De resto, lembra, a intervenção recente do PCP prova isso mesmo, já que garantiu avanços que pareciam impossíveis em diversos domínios. Casos «dos manuais escolares gratuitos, do passe social intermodal e dos transportes mais baratos, dos aumentos extraordinários das pensões e, agora, das creches gratuitas», detalhou.

É, todavia, preciso ir mais longe, considera Jerónimo de Sousa, que asseverando que «cá estamos para ser essa força decisiva, para assegurar uma política que responda aos direitos, às aspirações dos trabalhadores e do povo», coloca como condição colocar os interesses populares «à frente dos [interesses] daqueles poucos que amassam fortunas e lucros à custa do trabalho de todos».

«Contem com o PCP: para melhores salários e reformas; para garantir os direitos dos trabalhadores, combater os vínculos precários e os horários selvagens que infernizam a vida de tantos; para defender o Serviço Nacional de Saúde de quem o quer destruir assegurando que a consulta, o exame ou cirurgia que demoram a chegar sejam um direito de todos, para garantir o direito à habitação sem a incerteza de saber se se fica sem tecto», precisou ainda o dirigente comunista.

«No limiar de um novo ano em que decisões importantes para a vida de todos terão lugar, reafirmamos a todos e a cada um que podem contar com este Partido», reiterou também o dirigente comunista.

Primeiro-ministro sem respostas

Tónica bem diferente ressoou da mensagem de Natal do primeiro-ministro, que não apontou «uma perspectiva de resposta global aos problemas do País e do povo português». Quem o salientou foi João Oliveira, que, reagindo à missiva natalícia de António Costa, detalhou que nesta se exigia «uma resposta à situação de milhões de portugueses que vão atravessar esta quadra festiva enfrentando problemas de desemprego, de baixos salários ou baixas pensões,, de horários de trabalho desregulados ou precariedade laboral, de falta de acesso à habitação ou risco de perder, ou de falta de creche para seus filhos».

«O primeiro-ministro entendeu não dar essa resposta e mesmo em relação às questões da epidemia ficou-se pelo elogio ao Serviço Nacional de Saúde e aos seus profissionais», merecido, é verdade, prosseguiu o membro da Comissão Política do PCP, defendendo que era preciso dar garantias da concretização «das medidas que há muito tempo estão identificadas como essenciais e decisivas na resposta à epidemia».



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