Concessão do Terminal de Alcântara é perda renovada

Ao anunciar o prolongamento do contrato de concessão do Tribunal de Alcântara à empresa turca que detém a Liscont, o Governo perpetua um negócio que se tem revelado desastroso para o País. A acusação é do Sector dos Transportes da Organização Regional de Lisboa (ORL) do PCP, que desmente as alegadas maravilhas que tal significa, e sempre significou, para o erário público.

A concessão do terminal, iniciada em 1984, então com a Mota Engil, foi uma opção que se revelou «um erro absoluto», já que, «além de um longo processo conflituoso, incluindo contra o Estado português, a Liscont lançou diversas vezes o Porto de Lisboa no caos», resultado das «múltiplas ofensivas para tentar liquidar a organização dos trabalhadores e aumentar a exploração destes».

Agora, é igualmente significativo «que o Governo tenha tomado esta opção num momento em que a Assembleia da República (AR) se encontra dissolvida», tornando «mais difícil o escrutínio público do contrato», prossegue o Sector dos Transportes da ORL, para quem esta prática é ««responsável pela perda de milhares de milhões de euros para o erário público», uma vez que as anunciadas poupanças de milhões de euros transformam-se, anos depois, apenas «em ganhos de milhões de euros para a parte privada».

«Bastaria isto para justificar a apreciação parlamentar deste Decreto-Lei», continua ainda o PCP, antes de se comprometer, assim que forem retomados os trabalhos na AR, com a proposta de revogação da concessão à Liscont e «com a criação de condições para que seja a APL a assumir o funcionamento do Terminal de Alcântara».



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