Por todo o País vão tendo lugar diversas iniciativas comemorativas do Centenário do PCP, afirmando que as lutas do passado se juntam às de hoje, dessa forma garantindo que, como salienta o lema das comemorações, o Futuro tem Partido.

Em Évora realizou-se, no dia 15, o debate «O PCP e a luta pela criação de condições materiais e espirituais indispensáveis ao desenvolvimento da criação, difusão e fruição culturais», no Salão Nobre do Teatro Garcia de Resende. Participaram Jorge Pires, da Comissão Política, o actor e dirigente regional do PCP José Russo, e ainda o arqueólogo António Carlos Silva.

Nas várias intervenções, destacou-se a importância central da Cultura na acção do Partido e, em particular, na luta contra o fascismo, tendo sido referido e valorizado o papel de vários intelectuais e artistas na resistência e no processo revolucionário. A democracia cultural, que no Programa do PCP figura como uma das quatro vertentes do seu projecto de Democracia Avançada, pressupõe responsabilidades fundamentais do Estado democrático, mas só pode ser construída na combinação da acção do Estado com a participação e a criatividade individuais e colectivas.

Esta é uma evidência, em Évora, onde por acção da CDU a cidade foi classificada Património da Humanidade pela UNESCO, CDU que está de novo a ter um papel importante na apresentação da candidatura de Évora a Capital Europeia da Cultura, em 2027. A recuperação dos Bonecos de Santo Aleixo, a acção de defesa e valorização do património, a tradições e as raízes identitárias do povo alentejano fazem parte desse património de luta que hoje junta a memória do passado à construção de um futuro com o objectivo de democratizar a Cultura, garantir os direitos dos artistas, criadores, intérpretes, executantes e utilizadores.

Em Torres Vedras, a organização concelhia do Partido evocou o Centenário com a pintura de um mural alusivo à luta centenária dos comunistas portugueses, realizado no dia 18. Já no dia 11, tinha tido lugar naquele concelho uma sessão pública evocativa do Centenário, na qual participou Luís Fernandes, do Comité Central. Um dos militantes presentes partilhou histórias pessoais de resistência antifascista, bem como de outrosa notáveis torreenses que com ele se bateram contra a ditadura.

Entretanto, entre 13 e 19 de Dezembro, esteve patente na Casa da Mocidade de Moaña, em Pontevedra, na Galiza, uma exposição evocativa do Centenário do PCP. Na sessão de encerramento intervieram Belmiro Magalhães, da Comissão Política, o presidente da Fundação Galiza Sempre, Ruben Cela, e a presidente do município de Moaña, Leticia Santos.