Governo tem de se esforçar para a Dielmar não acabar
O PCP exige que o Governo desencadeie «todos os instrumentos para viabilizar a empresa, assegurar os postos de trabalho e o cumprimento dos direitos dos trabalhadores da Dielmar».
Não bastam sucessivos anúncios de intenções
A exigência foi feita em nota da Direcção da Organização Regional de Castelo Branco (DORCB), divulgada dia 22, após o tribunal do Fundão ter decretado o fim do processo de insolvência da fábrica têxtil.
Solidário com a luta dos trabalhadores em defesa dos respectivos empregos, o Partido salienta a perda que o encerramento da Dielmar representa para aqueles, para a freguesia de Alcains e o concelho de Castelo Branco, e sublinha que «não bastam sucessivos anúncios de intenções para defender o interior, são precisas medidas concretas que o defendam».
Nesse sentido, a DORCB do PCP considera que «o Governo tem a responsabilidade de intervir para salvaguardar a capacidade produtiva da região e os postos de trabalho» e «exige que o Governo recorra a todos os instrumentos para assegurar urgentemente o pagamento dos salários em atraso do mês de Outubro», bem como desencadeie «todos os instrumentos para viabilizar a empresa, assegurar os postos de trabalho e o cumprimento dos direitos dos trabalhadores».
«Neste processo, o PCP esteve sempre ao lados dos trabalhadores», tendo levado a situação da Dielmar à Assembleia Municipal de Castelo Branco, Parlamento Europeu e Assembleia da República. E garantindo que «continuará a intervir para denunciar mais um exemplo de que opções de gestão, em nada relacionadas com a produção, colocam em causa direitos dos trabalhadores, destroem postos de trabalho qualificados e infligem mais um rombo na capacidade produtiva nacional», o Partido «apela à unidade dos trabalhadores e expressa solidariedade com a [continuação da ] sua luta».
Quem também tem vindo a reclamar do Governo medidas concretas que salvaguardem a laboração da Dielmar em Alcains é o Sindicato Têxtil da Beira Baixa, que depois de ter acusado o Ministério da Economia de ter «esfriado» o interesse na preservação da empresa após as eleições autárquicas, reiterou a acusação perante o impasse que se mantém quanto à venda da massa insolvente a outros grupos de confecção de vestuário, o que, a ocorrer, podia assegurar postos de trabalho.