PC do Chile cresce nas eleições legislativas
No Chile, os candidatos José António Kast, de extrema-direita, e Gabriel Boric, apoiado pela esquerda, vão disputar a segunda volta das eleições presidenciais, a 19 de Dezembro.
Entre sete candidatos, Kast, do Partido Republicano, obteve no dia 21, na primeira volta, 27,9% dos votos. Neoliberal assumido, quer diminuir a despesa pública, reduzir os impostos às grandes empresas e «potenciar o mercado».
Boric, apoiado pela coligação Aprovo Dignidade, conquistou 25,8% dos votos. Propõe fortalecer o Estado democrático, agravar impostos aos ricos e avançar com um projecto económico justo e sustentável. «O caminho de mudança que propusemos ao país é o único que garante uma saída da crise a que nos conduziram de forma irresponsável os que nos governaram nos últimos anos», afirma.
Nas legislativas, que decorreram em simultâneo com as presidenciais, a aliança Chile Podemos Mais, de direita, ganhou 53 dos 155 assentos da Câmara dos Deputados. Seguiram-se a coligação Aprovo Dignidade e o Novo Pacto Social, com 37 lugares cada.
Para o Senado, renovado parcialmente, a aliança governante obteve também a maioria. Aprovo Dignidade passou de um para cinco senadores.
Nestas legislativas, o Partido Comunista do Chile cresceu: no quadro da coligação Aprovo Dignidade, subiu de nove para 12 eleitos na Câmara de Deputados e elegeu dois representantes no Senado. Os comunistas não tinham qualquer senador desde o golpe de Estado fascista de Pinochet, em 1973.