Centro Hospitalar de Setúbal precisa do investimentos propostos pelo PCP
Investir nas instalações e equipamentos, valorizar os profissionais de saúde e contratar aqueles que faltam são fundamentais para melhorar a prestação de cuidados de saúde no Centro Hospitalar de Setúbal, reafirmou o Partido.
O PS e o Governo em nada foram capazes de alterar a realidade no CHS
As reivindicações foram reiteradas numa nota em que o PCP informa que, através do seu Grupo Parlamentar, solicitou «à Presidente da Comissão de Saúde na Assembleia da República o urgente agendamento das audições do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Setúbal (CHS) e da Ministra da Saúde». Audições, frisa-se, «requeridas e aprovadas a 21 de Abril de 2021».
O Partido assinala ainda que «tem vindo a acompanhar a situação do CHS e a intervir com o objectivo de reforçar a sua capacidade de resposta», detalhando que «foi por proposta do PCP que no Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021) ficou prevista a transferência de 17,2 milhões de euros com vista à sua ampliação através da construção de um novo edifício».
A iniciativa comunista não foi, porém, concretizada pelo Governo, e no início deste mês o director clínico e outros 86 médicos daquela unidade, entre directores de serviço e departamentos, coordenadores de unidade, de comissões e chefes de equipa de urgência, apresentaram pedidos de demissão, revoltados e desesperados com a situação de ruptura que se observa em vários serviços.
Reagindo à demissão em bloco, a Comissão Concelhia de Setúbal do PCP salientou, dia 2 de Outubro, que «apesar de muitas promessas e até anúncios de medidas, o PS e o Governo em nada foram capazes de alterar a realidade do CHS e as condições em que os profissionais trabalham. Pelo contrário, temos assistido ao acentuar dos problemas e dificuldades».
Intervenção ímpar
Além de ter garantido no OE 2021 a verba para a requalificação das instalações, o Partido também propôs, através de um projecto de resolução datado de 15 de Julho deste ano e aprovado na generalidade, a reclassificação daquele centro hospitalar, com objectivo de «adequar o nível de financiamento ao seu elevado grau de diferenciação», promover «o desenvolvimento e diferenciação dos serviços e valências e eventual instalação de outras especialidades, alargando a sua capacidade de resposta na prestação de cuidados de saúde aos utentes», e assegurar «o investimento na modernização tecnológica de equipamentos, em particular no plano dos meios complementares de diagnóstico e terapêutica (patologia clínica e microbiologia clínica, biologia molecular, imuno-hemoterapia e imagiologia)».
«A criação de condições que permitam a fixação de profissionais de saúde, essencial para garantir a continuidade dos serviços e valências, a prestação de cuidados com qualidade e a redução de tempos de espera nas consultas e cirurgias» foi outra das medidas reivindicadas no texto mais recentemente levado a votação na Assembleia da República, esclarece igualmente a Comissão Concelhia de Setúbal do PCP, que concluiu manifestando «a sua solidariedade com os utentes e os profissionais de saúde» daquele centro hospitalar.