MURPI reivindica o aumento de todas as pensões
Valorização e actualização de todas as pensões e a criação de uma rede pública de equipamentos de apoio à terceira idade são propostas que integram o Caderno Reivindicativo do MURPI para 2022.
Avançar no direito a envelhecer com direitos
A inclusão do aumento do valor Indexante dos Apoios Sociais e a actualização do Complemento Solidário para Idosos, Complemento por Dependência e outras prestações sociais, são outras das propostas que constam no Caderno Reivindicativo, apresentado, no dia 29 de Setembro, pela Direcção Nacional da Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos – MURPI
A aprovação do documento constitui um enorme desafio a toda a organização do MURPI, a partir do trabalho das Federações nos respectivos distritos e da Confederação nos distritos com associações não federadas, um trabalho de mobilização dos seus dirigentes e activistas até à realização do X Congresso do MURPI, em Maio de 2022.
O reforço do Serviço Nacional de Saúde, com o aumento de médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde para dar resposta urgente no tratamento e vigilância de doentes não-COVID; assegurar os programas de rastreio oncológico e o reforço dos Serviços de Saúde Mental; a dotação das associações de reformados de apoios técnicos e financeiros que permitam a retoma das suas actividades; garantia de rendas acessíveis e apoiadas e a requalificação das habitações; uma rede de transportes de custos financeiros acessíveis e de horários adequados e frequentes, são outras das exigências.
No dia 22 de Outubro, o MURPI vai realizar – em colaboração com a Inter-Reformados/CGTP-IN – uma acção nacional descentralizada sob o lema «Retomar o direito a viver, com segurança e confiança – Avançar no direito a envelhecer com direitos».
Combate sem tréguas às desigualdades
Na reunião de 29 de Setembro, a Direcção Nacional do MURPI, analisando as consequências sociais, económicas e sanitárias provocadas pela pandemia da COVID-19, constatou, não só os efeitos devastadores na área da saúde, com mais de um milhão de pessoas afectadas e quase 20 mil mortes, a grande maioria das quais são reformados idosos, como as consequências sociais resultantes do encerramento de instituições.
«As associações de reformados viram-se obrigadas a encerrar por determinação das autoridades da Segurança Social, agravando as desigualdades sociais e acentuando a pobreza entre as pessoas idosas», considera a Confederação.
Recorde-se que o MURPI, apesar das dificuldades sentidas, garantiu o normal funcionamento democrático dos seus órgãos, denunciou e propôs medidas que visaram atenuar os efeitos na saúde mental das pessoas idosas e exigiu um plano estratégico nacional de protecção das pessoas idosas residentes em lares.
Tal como se afirma no Caderno Reivindicativo para 2022, a Confederação assume que «os direitos dos reformados, pensionistas e idosos não podem ficar confinados nem suspensos» e exige «medidas políticas que mitiguem os impactos negativos» neste grupo social.
«É importante dar um combate sem tréguas às desigualdades sociais e à pobreza entre os idosos» e «cumprir os direitos dos reformados a envelhecer com qualidade de vida e dignidade», reforça o MURPI, acrescentando: «É preciso valorizar o trabalho essencial desenvolvido pelos trabalhadores e dirigentes das associações de reformados para mitigar as carências resultantes do encerramento dos centros de dia com dedicação e humanismo, indo para além do seu horário de trabalho».