Trabalhadores têm de unir-se em defesa de direitos e do serviço público no Barreiro

A Célula dos Trabalhadores das Autarquias do Barreiro do PCP repudia o esmagamento dos direitos dos funcionários dos resíduos e higiene urbana e denuncia a intenção de privatização daquele serviço, essencial à população. Em causa está uma comunicação enviada recentemente pela chefe de divisão de resíduos e higiene urbana, na qual Carla Costa informa que no sector operacional deixou de haver motoristas e cantoneiros, passando todos a ser considerados como assistentes operacionais. Assim, afirma a responsável, «qualquer trabalhador deve exercer uma função que seja necessária, desde que tenha os conhecimentos e as autorizações que o permitam».

Na sequência desta comunicação, os trabalhadores afectados receberam «uma ordem de serviço a lembrar que são assistentes operacionais e, como tal, os motoristas podem passar a fazer as funções de cantoneiro de limpeza», revelou ainda o Partido, antes de denunciar que, «depois de fazer contratos de milhares de euros com empresas privadas para executarem o serviço de recolha nas freguesias de Coina, Palhais, Sto António, Alto do Seixalinho, e estando previsto alargar também à freguesia da Verderena», é clara a intenção da Câmara Municipal do Barreiro (CMB) de iniciar um processo de privatização.

À boleia, a autarquia gerida pelo PS procura aprofundar a exploração através da desregulação das carreiras e funções, sendo esta ofensiva dirigida aos trabalhadores de resíduos e higiene urbana um «ensaio para depois usar contra trabalhadores de outros sectores», considera ainda a célula do PCP.

Ora, apesar de o actual Governo liderado por António Costa não ter revertido a compactação das categorias profissionais na Função Pública, imposta pelo então governo do PS liderado por José Sócrates, quer assistentes operacionais, quer assistentes técnicos e técnicos superiores têm funções específicas «para as quais foram admitidos e que estão consagradas nos seus contratos de trabalho».

Assim, «cada trabalhador tem a sua função específica e não pode andar a saltar de função em função, ao belo prazer da entidade patronal: a gestão PS na CMB», conclui-se.



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