Nova política florestal para travar incêndios

A Direcção da Organização Regional do Algarve (DORAL) manifestou a profunda solidariedade do PCP para com as populações atingidas pelo incêndio que deflagrou na madrugada de segunda-feira e semeou devastação nos concelhos de Castro Marim, Vila Real de Santo António e Tavira. Milhares de hectares de matos e florestas ardidos, pessoas deslocadas e habitações destruídas, inúmeros animais mortos e três bombeiros feridos é o saldo negativo até agora contabilizado.

No comunicado, a DORAL exige ao Governo que este assuma o compromisso de assegurar os apoios necessários para a reposição de habitações, explorações agrícolas, hortas e equipamentos perdidos, mas que garanta igualmente ajudas ao rendimento perdido e para a reconstituição do potencial agrícola e florestal.

Para a organização regional do PCP, este incêndio revela, uma vez mais, que apesar dos sucessivos anúncios e das inúmeras alterações legislativas, continuam a bastar alguns dias de temperaturas elevadas para ocorrerem incêndios de grande dimensão.

Como em momentos anteriores, o PCP reafirma a necessidade de uma outra política que defenda a floresta e o mundo rural e que garanta o seu ordenamento e, também, uma aposta nas espécies autóctones. É necessária «uma outra política para a floresta que exige emprego, serviços públicos, investimento público e preços justos à produção agrícola e florestal», lê-se no comunicado.

Opções nacionais no Plano Estratégico da Política Agrícola Comum para o apoio preferencial à agricultura familiar e ao mundo rural do minifúndio e a adopção de políticas que garantam o apoio efectivo a produções e produtores e não o incentivo para que as abandonem a favor das fileiras como a do eucalipto, são outras das exigências colocadas pela DORAL.

«Neste quadro, o PCP, que não deixará de questionar o Governo sobre esta situação, reclama um efectivo desenvolvimento regional para o Algarve, indissociável de um investimento público de grande dimensão na actividade agrícola e florestal», assegura ainda a organização regional algarvia do PCP que não descarta uma eventual avaliação posterior mais aprofundada.




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