Em defesa do direito à mobilidade
A Direcção da Organização Regional de Santarém do PCP considera urgente o reforço do serviço de transporte rodoviário de passageiros no distrito, alerta que os interesses privados não se podem sobrepor ao direito das populações à mobilidade e apela a que estas tomem nas suas mãos a defesa do direito à mobilidade. Esta posição foi reiterada depois de a Rodoviária do Tejo, detida em partes iguais pelo Barraqueiro e pela Transdev, ter impugnado os concursos de concessão na Lezíria e no Médio Tejo, aos quais não concorreu.
Insuficiente oferta de transportes públicos condenando «a esmagadora maioria da população à utilização do transporte individual com elevados custos económicos e impactos ambientais», preocupa, também a Direcção da Organização Regional do Algarve. Em causa está o aproveitamento da situação epidemiológica pelo Barraqueiro para suprimir carreiras e serviços e exigir, agora, mais fundos públicos para os repor, bem como a transferência da gestão dos transportes para a Comunidade Intermunicipal do Algarve sem que esta tenha condições para o assegurar.
Em nota à imprensa, a DORAL exige que o Governo intervenha «com os meios e as formas adequadas de modo a repor os níveis de oferta anteriores à epidemia». Reivindicação com carácter imediato que, no entanto, não anula a necessidade de «um vigoroso investimento no transporte público na região – seja em modo rodoviário, seja no modo ferroviário –, assegurando a redução dos preços, a intermodalidade e uma resposta eficaz às necessidades de mobilidade das populações».