Trabalhadores da Eurest em luta no Porto e Lisboa

Com uma greve nacional e concentrações amanhã no Porto e em Lisboa, neste caso frente a Assembleia da República, os trabalhadores da Eurest vão contestar o despedimento colectivo de 146 funcionários de cantinas, bares e cafetarias que a empresa explora em fábricas, institutos, escolas e universidades, estações ferroviárias e áreas de serviço, bem como trabalhadores afectos à área das máquinas de venda automática.

A Eurest informou os trabalhadores da sua intenção no Dia Internacional da Mulher, 8 de Março, sendo que entre os 146 que pretende despedir neste segundo processo colectivo desencadeado desde o início da pandemia, 141 são mulheres. No anterior despedimento colectivo, concluído a 23 de Fevereiro, a Eurest enviou para o desemprego 116 funcionários, também na sua maioria mulheres.

Contas feitas, nos últimos meses a empresa já destruiu 262 postos de trabalho. De resto, em linha com a «política laboral violenta» que impõe, onde avultam os baixos salários, a negação de direitos e a precariedade dos vínculos, com o recurso a empresas de aluguer de mão-de-obra a ser uma prática habitual, denuncia a Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (Fesaht).

A Fesaht considera que a Eurest está a proceder a despedimentos ilegais, já que invoca razões conjunturais, socorre-se de critérios de selecção à margem dos normas em vigor, e, não menos importante, recorreu e continua a beneficiar de apoios públicos, alegadamente destinados a impedir a destruição de empregos no actual contexto pandémico.

A estrutura sindical dá como exemplo os nove trabalhadores da cantina da tabaqueira, abrangidos no actual despedimento colectivo, sublinhando que aquele refeitório esteve sempre a funcionar, tendo mesmo aumentado recentemente a sua frequência devido às horas extraordinárias ao sábado, e mantido o número de refeições servidas às dezenas de reformados da empresa que não prescindem do serviço.

 



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