Vidreiros em força na greve
A greve na Santos Barosa começou às 21 horas de segunda-feira, dia 22, «com uma adesão de 99 por cento e a paragem de todas as máquinas», informou a Feviccom, numa nota de imprensa divulgada no dia seguinte.
Convocada pela federação e pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Vidreira, a greve reforça as exigências de aumento digno dos salários, valorização do subsídio de laboração contínua, redução do horário de trabalho para 35 horas semanais e outras melhorias nas condições de trabalho, incluídas numa proposta reivindicativa que a administração recusou negociar.
A greve nesta vidreira da Marinha Grande, das 21 horas de dia 22 até às 13 horas de dia 24, foi decidida em plenários de trabalhadores, que encararam como uma afronta o rompimento das negociações e a imposição de uma actualização salarial de meio por cento.
Na terça-feira, cerca das 13 horas, quando os trabalhadores se voltaram a reunir, na mudança de turnos, uma delegação do PCP, incluindo Ângelo Alves, da Comissão Política do Comité Central, deslocou-se ao local para expressar solidariedade com a luta.
Nos dias 28 e 29, vão fazer greve os trabalhadores da Gallo Vidro, também em defesa da sua proposta reivindicativa.
Ambas as empresas fazem parte do grupo espanhol Vidrala.