PCP quer acelerar a vacinação e proteger a saúde da população
VACINAS O PCP apresentou um Projecto de Resolução – que será discutido no plenário da Assembleia da República no dia 8 de Abril – onde recomenda ao Governo a diversificação da aquisição de vacinas.
Retomar as actividades económicas, culturais e desportivas
No documento propõe-se ainda a suspensão da validade das patentes e o investimento na criação de condições para a produção nacional da vacina (ver página 24).
Após uma reunião sobre a situação da COVID-19 em Portugal, que decorreu, anteontem, 23, no Infarmed e reuniu políticos e especialistas por videoconferência, Jorge Pires, da Comissão Política do Comité Central do PCP, referiu que as informações prestadas pelo Coordenador do Plano Nacional de Vacinação, quanto aos «atrasos e incumprimentos» no fornecimento de vacinas previamente acordadas com alguns grupos farmacêuticos, «reclamam do Governo uma intervenção soberana na diversificação da aquisição de outras vacinas já reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), não ficando dependentes por razões políticas, dos contratos feitos pela Comissão Europeia».
O dirigente comunista manifestou ainda «preocupação» com as persistentes opiniões, «prejudiciais para o País e as populações», que introduzem «obstáculos» e dificultam o desconfinamento, «apesar da consolidação da evolução da situação epidemiológica».
Como salientou, foi registada «uma evolução positiva dos principais indicadores sobre a situação epidemiológica, com uma redução consolidada, nomeadamente da incidência cumulativa a 14 dias por 100 mil habitantes, da diminuição do número de internamentos em enfermaria e nas unidades de cuidados intensivos, mantendo-se a taxa de transmissibilidade em valores baixos».
«Portugal é neste momento o País que apresenta a melhor situação epidemiológica, estável e com tendência de redução do número de casos positivos e de internamentos, quando comparado com os países que integram a União Europeia», destacou Jorge Pires, afirmando a necessidade de o País «retomar as actividades económicas, culturais e desportivas, definindo com clareza as medidas de prevenção e protecção da saúde, e disponibilizando os apoios necessários à sua implementação». «Medidas que devem ser acompanhadas da concretização atempada dos apoios económicos e sociais para quem deles precisa para fazer face aos problemas criados com as decisões de confinamento», destacou.