Faleceu anteontem, 16, a camarada Laura Serra, resistente antifascista e militante comunista, com largos anos passados na clandestinidade. O Secretariado do Comité Central endereçou uma mensagem ao companheiro, Jaime Serra, e aos filhos, netos, bisnetos e restante família «sentidas condolências».

Nascida a 14 de Outubro de 1924 numa família operária de Lisboa, foi costureira desde muito jovem. Passou a funcionária do Partido em 1947 juntamente com o companheiro e a primeira filha, assumindo até 1958 tarefas nas casas clandestinas. Entre 1958 e 1960 foi responsável por células de empresa no sector têxtil no Norte do País.

A seguir ao 25 de Abril, assumiu tarefas no âmbito dos serviços de extinção da PIDE e, depois, nas organizações regionais de Setúbal e Beira Litoral. Das tarefas centrais que assumiu, destacam-se as do Gabinete Central de Organização.

O Secretariado do CC destaca a vida intensa de Laura Serra: a vida clandestina, o nascimento de três filhos na clandestinidade e a posterior separação, as prisões do companheiro, o sobressalto constante, mas também a alegria do reencontro com a família após a Revolução.

O corpo de Laura Serra estará em câmara ardente na capela mortuária da Igreja de S. Francisco de Assis, na Avenida Afonso III (Alto de São João), em Lisboa, a partir das 17 horas de hoje. O funeral realiza-se amanhã, sexta-feira, às 13 horas, no cemitério do Alto de São João, onde o corpo será cremado.