Protesto, exigência e confiança hoje nas ruas

MOBILIZAÇÃO Uma jornada de luta nacional, descentralizada, foi convocada para hoje pela CGTP-IN, sob o lema «Salários, emprego, direitos. Confiança, determinação e luta por um Portugal com futuro!».

A luta convergente dá mais força às reivindicações de todos

A confederação pretende que convirjam neste dia as lutas e reivindicações de trabalhadores de todos os sectores, de modo a que assim ganhem mais força exigências como o aumento geral dos salários, em 90 euros, e do salário mínimo nacional, para 850 euros, a curto prazo.

Como reivindicações comuns, a CGTP-IN indica: a redução dos horários de trabalho, para chegar à semana de 35 horas para todos, e o combate à desregulação, por horários de trabalho dignos; garantia de condições de saúde, segurança e higiene; passagem a efectivos dos trabalhadores em postos de trabalho permanentes; revogação das normas gravosas do Código do Trabalho, sobretudo as que admitem a caducidade da contratação colectiva; respeito pelos direitos dos trabalhadores e dinamização da contratação colectiva; proibição de despedimentos e garantia do emprego para aqueles que o perderam; investimento nos serviços públicos e nas funções sociais do Estado.

Esta jornada convergente deverá contribuir para intensificar a luta reivindicativa em empresas e sectores.

De Viana
ao Funchal

As uniões de sindicatos realizam hoje iniciativas de rua em 15 distritos e na RA da Madeira:

  • Aveiro, 15h00, concentração em frente da ACT;

  • Beja, 15h00, concentração na Praça da República;

  • Braga, 15h00, concentração no Largo do Toural, em Guimarães;

  • Coimbra, 16h00, concentração junto à Segurança Social e «cordão humano» até à ACT;

  • Évora, 10h00, «cordão humano», das Portas de Moura para o IEFP;

  • Faro, 15h00, concentração no relvado entre o Teatro Municipal e a loja Seaside;

  • Funchal, 15h00, concentração junto à Secretaria Regional da Inclusão;

  • Guarda, 14h30, concentração na Alameda de Santo André;

  • Leiria, 15h30, desfile a partir do Largo do Município;

  • Lisboa, 15h00, manifestação do Cais do Sodré para a Assembleia da República (trabalhadores do distrito de Lisboa e dos concelhos do norte do distrito de Setúbal);

  • Portalegre, 17h00, «cordão humano» da Segurança Social até à Avenida do MFA (Centro Comercial Fontedeira);

  • Porto, 15h00, concentração na Avenida dos Aliados;

  • Santarém, 15h00, concentração no Jardim da República;

  • Setúbal, 10h00, manifestação da Praça do Quebedo para a Praça de Bocage (Setúbal, Palmela e concelhos do litoral Alentejano);

  • Viana do Castelo, 10h30, concentração junto à ACT;

  • Viseu, 17h00, concentração no Rossio e entrega de documento reivindicativo na ACT.

Muitas outras iniciativas são promovidas por sindicatos e federações, envolvendo também comissões de trabalhadores.

No Porto, às 14h30, junto à Câmara Municipal, vão concentrar-se trabalhadores da Petrogal, prosseguindo a luta contra a intenção de encerramento da refinaria em Leça da Palmeira (Matosinhos).

No Algarve, durante a manhã, decorrem acções em diversos locais de trabalho, principalmente nos sectores da Administração Pública, do comércio e da hotelaria e turismo.

Em Castelo Branco, está convocada uma greve de 24 horas na fábrica da Aptiv, pela negociação do caderno reivindicativo.

Igualmente por este motivo, está convocada greve na DHL Supply Chain, com concentração à porta da sede da empresa, em Vialonga.

Nas acções promovidas pela Fectrans e os sindicatos de transportes e comunicações, incluem-se: plenários nos CTT, em Lisboa (Cabo Ruivo e Alvalade), e na Transdev, em Coimbra (terminal rodoviário, 15h00); uma vigília simbólica de trabalhadores do sector TVDE, às 10h30, frente ao Ministério do Ambiente; entrega de postais assinados na sede da Medway, às 10h30, por aumentos salariais substanciais e negociados.

O Sindicato da Hotelaria do Centro realiza um plenário com trabalhadores hospitalares (serviços de lavandaria, resíduos e alimentação) dos Hospitais da Universidade de Coimbra, às 10h00, e uma concentração de trabalhadores dos refeitórios escolares do concelho, junto da Câmara Municipal de Coimbra, em protesto contra os despedimentos recentes na concessionária ICA. Estes vão depois integrar-se na acção de âmbito distrital.

Para dar força à luta pela integração de quem tem contratos precários e pela contratação de mais profissionais, realizam-se protestos públicos de enfermeiros no exterior dos hospitais de Santo António (Porto, 9h30), da Universidade de Coimbra (11h30) e Beatriz Ângelo (Loures, 11h00), participando estes, de tarde, na manifestação em Lisboa.



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