Marcada para 25 de Fevereiro manifestação em Lisboa
JORNADA No dia de luta nacional, convocado pela CGTP-IN e que está a ser preparado pelas estruturas sindicais, as uniões distritais de Lisboa e Setúbal vão promover uma manifestação em Lisboa.
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Com concentração no Cais do Sodré, às 15 horas, a manifestação seguirá para junto da Assembleia da República. De manhã, a partir das 10 horas, uma acção semelhante vai decorrer em Setúbal, da Praça do Quebedo para a Praça de Bocage.
Em Évora também está já anunciada a realização de um desfile em «cordão humano», que sairá às 10h00 das Portas de Moura para o IEFP.
A jornada de 25 de Fevereiro foi convocada pela CGTP-IN, sob o lema «Salários, emprego, direitos! Confiança determinação e luta, por um Portugal com futuro!». Decorrendo de forma descentralizada, implicará a realização de greves, paralisações e acções em todos os sectores, procurando propiciar a convergência de objectivos.
«Vamos fazer ouvir a voz dos trabalhadores», apela-se no folheto da central, em distribuição a nível nacional neste período de esclarecimento e mobilização dos trabalhadores para as iniciativas que vão ser agendadas em todos os distritos.
No documento, que reflecte a Resolução do Plenário de Sindicatos de 28 de Janeiro, exige-se resposta urgente «aos problemas concretos que os trabalhadores estão a sentir nos locais de trabalho, empresas e serviços». «É urgente inverter o rumo de desvalorização do trabalho e dos trabalhadores e romper com o modelo de baixos salários, trabalho precário, ataque aos direitos» e «optar por políticas que tenham em conta a defesa do interesse nacional».
Para a CGTP-IN, «é fundamental recuperar para a esfera pública empresas como a TAP, a GALP, a EDP, a REN ou os CTT, defendendo e promovendo empresas e sectores estratégicos, alavancas fundamentais para o desenvolvimento e soberania do País», cuja privatização foi «um erro que urge reverter».
Das reivindicações comuns que motivam a luta convergente, a Intersindical destaca: o aumento geral dos salários, em 90 euros, este ano, e o aumento do salário mínimo nacional para 850 euros, a curto prazo; semana de 35 horas para todos os trabalhadores e horários dignos; garantia das condições de saúde, segurança e higiene; passagem a efectivos de todos os trabalhadores que ocupam postos de trabalho permanentes, a par do combate ao falso trabalho independente; revogação das normas gravosas do Código do Trabalho (como as que permitem a caducidade da contratação colectiva); respeito pelos direitos e dinamização da contratação colectiva; proibição de despedimentos e garantia de emprego para os trabalhadores que o perderam; defesa e investimento nos serviços públicos e nas funções sociais do Estado.