Esclarecer, prevenir e reforçar a saúde pública
A esmagadora maioria das medidas que estão a ser tomadas no combate à propagação do coronavírus aponta no sentido do condicionamento da mobilidade das pessoas, mas praticamente nada está a ser feito no plano sanitário, como de resto tem vindo a denunciar o PCP. A conclusão foi reiterada por Jorge Pires, da Comissão Política do PCP, em declarações no final da reunião alargada entre especialistas em saúde pública e responsáveis políticos, no Infarmed, em Lisboa, faz hoje uma semana.
O dirigente do Partido considerou que o abrandamento do ritmo de crescimento de novas infecções é animador, mas reclamou que a prioridade deve ser o reforço das estruturas de saúde pública, nomeadamente no que diz respeito a aspectos fundamentais do controlo da doença.
Jorge Pires lembrou que o PCP tem insistido na necessidade de dotar de mais meios humanos as unidades de identificação das cadeias de contágio, calculando em cerca de meia centena o número de profissionais em falta, e reiterou que é essencial promover o esclarecimento, a prevenção e protecção, reforçar a capacidade de resposta do SNS, ao mesmo tempo que se combate o medo e se dinamiza as várias actividades.