Greve com grande adesão nas cantinas escolares

A greve na­ci­onal dos tra­ba­lha­dores das can­tinas es­co­lares, no dia 26, se­gunda-feira, teve uma grande adesão e levou ao en­cer­ra­mento de mais de 200 equi­pa­mentos, in­formou a Fe­de­ração dos Sin­di­catos da Agri­cul­tura, Ali­men­tação, Be­bidas, Ta­bacos, Ho­te­laria e Tu­rismo de Por­tugal.

A Fe­saht/​CGTP-IN pro­moveu con­cen­tra­ções frente às ins­ta­la­ções da Di­recção-Geral dos Es­ta­be­le­ci­mentos Es­co­lares, no Porto e em Coimbra, onde foi en­tregue uma moção que re­sultou também da dis­cussão com os tra­ba­lha­dores. Teve ainda lugar uma con­cen­tração frente à Câ­mara Mu­ni­cipal de Lagos, con­celho onde pa­raram todos os re­fei­tó­rios.

No dia 20 já ti­nham feito greve, com adesão total em sete das nove can­tinas abran­gidas, os tra­ba­lha­dores das can­tinas es­co­lares do con­celho de Bar­celos, con­ces­si­o­nadas à Uni­self. Ao anun­ciar as lutas, o Sin­di­cato da Ho­te­laria do Norte des­tacou a es­pe­cial res­pon­sa­bi­li­dade desta em­presa, com mais de mil tra­ba­lha­dores, mais de 90 por cento dos quais têm vín­culos pre­cá­rios há vá­rios anos, pois são con­tra­tados em Se­tembro e des­pe­didos em Junho.

Na moção en­tregue na DGEstE, as con­ces­si­o­ná­rias Uni­self, Eu­rest, Gertal, Ica e Eu­ro­essen são acu­sadas de porem em causa «os poucos di­reitos dos tra­ba­lha­dores, con­quis­tados nos úl­timos anos», no­me­a­da­mente: não con­tra­taram este ano tra­ba­lha­dores com de­zenas de anos de ser­viço na mesma can­tina, en­quanto ou­tros foram des­pe­didos ale­gando o fim do pe­ríodo ex­pe­ri­mental; os vín­culos estão a ser em­pur­rados para em­presas de tra­balho tem­po­rário, ou mu­dados para con­tratos a termo in­certo (per­mi­tindo o des­pe­di­mento a qual­quer mo­mento) ou a termo certo apenas por três meses (quando o con­trato de pres­tação de ser­viços é para todo o ano lec­tivo); não foram pagos os di­reitos no final de con­trato; estão a ser re­ti­rados pré­mios e sub­sí­dios de trans­porte; não são cum­pridos os ca­dernos de en­cargos, há falta de pes­soal e são im­postos ritmos de tra­balho in­tensos; há tra­ba­lha­dores que cuja clas­si­fi­cação pro­fis­si­onal não cor­res­ponde às fun­ções; os sa­lá­rios são muito baixos e as em­presas, tal como a as­so­ci­ação pa­tronal Ah­resp, re­cusam ne­go­ciar a con­tra­tação co­lec­tiva desde 2003.

É exi­gida a in­ter­venção do Mi­nis­tério da Edu­cação e das câ­maras mu­ni­ci­pais, que de­cidem as con­ces­sões e não podem alhear-se da re­so­lução dos pro­blemas.

 



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