Às dificuldades habitualmente enfrentadas neste tipo de tarefa – incompreensão da sua importância e normalidade num Partido cuja independência política depende da soberania financeira, acanhamento por se tratar de «pedir dinheiro», hábito enraizado de recolher contributos extraordinários sobretudo no final do ano –, acresceram os obstáculos colocados pela crise sanitária. Sobretudo a não realização de dezenas de iniciativas políticas de comemoração do aniversário do PCP no distrito, onde, por norma, muitos camaradas e amigos são sensibilizados para integrar as campanhas de fundos.

Não obstante, o entusiasmo e determinação em alcançar a soma inicialmente estabelecida permanecem intactos, relatou ao Avante! Vladimiro Vale, membro da Comissão Política do PCP e responsável pela ORC do PCP. E, mais do que isso, estão a ser tomadas medidas para que a campanha «O Futuro tem Partido» seja bem sucedida. Desde logo o alargamento da dinâmica que se verifica na capital de distrito ao conjunto dos concelhos. Uma dinâmica que, não apenas ali, se verifica no bom trabalho que está a ser desenvolvido para que no ano do Centenário do PCP a quota em dia seja uma realidade para a maioria dos militantes. E que por isso vale a pena mimetizar no que à Campanha de Fundos diz respeito.

Com responsabilidade de proceder a abordagens e contactos encontram-se cerca de 30 camaradas e a ideia é multiplicar este número, assegurou também o dirigente comunista, para quem outras iniciativas podem ter utilidade material. Um catálogo de sete desenhos foi editado recentemente para pela organização do Partido em Coimbra, os quais foram sorteados em Setembro entre os adquirentes de rifas vendidas para o efeito, mas outra acção semelhante está já na forja, designadamente a edição de uma série limitada de conservas da Figueira da Foz comemorativas dos 100 anos do PCP, revelou também Vladimiro Vale.