Candidato presidencial do MAS na Bolívia propõe imposto sobre grandes fortunas
O candidato do Movimento para o Socialismo (MAS) à presidência do estado plurinacional da Bolívia, Luis Arce, reiterou a importância de aplicar impostos aos grandes milionários do país, sobretudo em tempos de crise.
Arce assinalou, através das redes sociais, que apresentou essa proposta em Abril, de forma a que os grandes milionários da Bolívia – 0,01 por cento da população boliviana – contribuam mais para quem menos tem.
Ex-ministro da Economia de governos de Evo Morales, o agora candidato presidencial divulgou uma proposta, designada «Primeiro a Vida», no qual destaca a iniciativa de criar um Fundo Solidário para a Saúde com a aplicação de um imposto sobre as grandes fortunas.
Evo Morales, que se encontra na Argentina, assegurour que a proposta de Arce de lançar um imposto sobre as grandes fortunas é uma medida oportuna e necessária. «Só quem tem milhões e milhões se oporá a tal medida. O peso da crise deve ser suportado proporcionalmente», escreveu o ex-presidente, que foi obrigado a renunciar ao seu cargo a 10 de Novembro de 2019, através de um golpe de Estado.
Noutra intervenção, Morales repudiou a ausência de representantes do governo de facto da Bolívia na reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC). «Por obedecer às imposições» do presidente norte-americano Donald Trump, o governo golpista da Bolívia «não só fragiliza a região como também, o que é mais grave ainda, aumenta a vulnerabilidade da saúde do seu povo», acusou, referindo-se à atitude de La Paz de não participar na reunião.
No encontro, por vídeo-conferência, na semana passada, foi dado a conhecer que a Argentina e o México serão encarregados de produzir 250 milhões de doses de uma vacina contra a COVID-19.
Participaram na reunião representantes da Argentina, México, Chile, El Salvador, Venezuela, Uruguai e Cuba, entre outros países.