China adverte Estados Unidos que estão a pôr em risco a paz
PROVOCAÇÃO A China anunciou que um navio de guerra norte-americano ingressou no dia 27 de Agosto nas suas águas territoriais sem autorização. Pequim avisou que as actividades da marinha dos EUA na área criam condições para que possa haver um incidente armado não intencional.
Pequim denuncia provocações dos EUA no mar da China Meridional
A China advertiu os Estados Unidos da América que estão a pôr em risco a paz e os interesses de ambos os países com provocações como o envio de aviões para o seu espaço aéreo e de navios para as suas águas territoriais. Pequim enfatizou a sua determinação em responder a essas acções.
Um porta-voz do Ministério da Defesa chinês, Wu Qian, denunciou que Washington, na sua tentativa de exercer pressão contra Pequim, ameaça inclusivamente as vidas dos seus próprios militares. Segundo precisou, por detrás dessas práticas estão alguns políticos norte-americanos que procuram benefícios eleitorais ao minar as relações bilaterais, incitar conflitos e provocar acidentes militares entre ambos os países.
Exigiu que a Casa Branca evite todo o tipo de provocações porque a China procederá com os meios necessários para proteger os seus interesses de desenvolvimento, soberania e segurança nacional.
Negou que as actuais manobras do Exército Popular de Libertação (EPL) em águas jurisdicionais chinesas tenham como alvo um país terceiro e assegurou que fazem parte do programa rotineiro de treino de 2020. Wu também reiterou a soberania do Estado chinês sobre a ilha de Taiwan, instou os EUA a tratar esse assunto com extrema cautela e rejeitou qualquer contacto ou apoio externo às pretensões separatistas da ilha.
Os exercícios militares do ELP decorrem em três áreas marítimas e pretendem ser um dissuasor às aspirações independentistas de Taiwan e às ameaças dos EUA.
As operações decorrem de forma simultânea nos mares Meridional, Amarelo e Bohai, permitirão comprovar a capacidade defensiva do exército chinês.
Zhang Chunhui, porta-voz do Comando do Teatro Oriental de Operações, disse que as manobras militares são uma «acção necessária» para cuidar dos interesses nacionais e deplorou que a Casa Branca tenha enviado um sinal errado às forças separatistas em Taiwan.
Recorde-se que nas Nações Unidas foi aprovada uma resolução, em 1971, que considera os representantes do governo da República Popular da China como os únicos representantes legítimos da China perante a Organização das Nações Unidas.