O in­cêndio que matou de­zenas de ani­mais num «abrigo» em Santo Tirso «põe em evi­dência que a pro­tecção do bem-estar animal exige uma in­ter­venção de­ci­dida do Es­tado e não a sua des­res­pon­sa­bi­li­zação», su­bli­nhou a Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal do Porto (DORP) do PCP, que re­cordou que, apesar do que o Par­tido «tem pro­posto e de­fen­dido» nesta ma­téria – in­cluindo no úl­timo Or­ça­mento do Es­tado, não tendo sido, la­men­ta­vel­mente, as suas pro­postas apro­vadas –, «per­sistem in­su­fi­ci­ên­cias graves ao nível do con­trolo de ani­mais er­rantes, cam­pa­nhas de sen­si­bi­li­zação e es­te­ri­li­zação, ca­pa­ci­tação local para re­colha e cui­dado dos ani­mais ao nível dos Cen­tros de Re­colha Ofi­cial e dos ser­viços ve­te­ri­ná­rios mu­ni­ci­pais».

Em co­mu­ni­cado, a DORP di­vulgou ainda a per­gunta di­ri­gida ao Go­verno pelo Grupo Par­la­mentar do PCP, na qual se su­blinha que a obs­ta­cu­li­zação da ten­ta­tiva de res­gate dos ani­mais por parte de po­pu­lares «está a gerar na­tural in­dig­nação», pelo que se impõe que «sejam pres­tados es­cla­re­ci­mentos e apu­radas res­pon­sa­bi­li­dades».

Nesse sen­tido, o PCP quer que o Mi­nis­tério da Agri­cul­tura e do Mar es­cla­reça se as au­to­ri­dades com­pe­tentes co­nhe­ciam o «abrigo» em causa; se sabe como se pro­cessou o res­gate e a razão pela qual não foi per­mi­tida a in­ter­venção das po­pu­la­ções; que acom­pa­nha­mento está a ser feito dos ani­mais so­bre­vi­ventes e se, no fu­turo, irá pro­mover a iden­ti­fi­cação e fis­ca­li­zação destas ins­ta­la­ções.