A luta foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF/Fectrans) abrangendo todos os funcionários da IP e suas participadas, não tendo sido decretados serviços mínimos além dos que estão previstos para situações específicas e excepcionais.

Podem cumprir a paralisação aqueles que iniciem o respectivo turno ou turnos no dia 16 mas terminem no dia 17, e também os que iniciem a laboração a dia 17 mas terminem a dia 18, esclarece a organização sindical.

Em causa, explica ainda o SNTSF em comunicado, está a recusa da administração do Grupo IP e do Governo em proceder à actualização das remunerações e dar início a um processo negocial com o objectivo de rever o Acordo Colectivo de Trabalho. De resto, entre Dezembro de 2019 e Fevereiro deste ano, antes da eclosão do surto pandémico, gestão da IP e tutela tiveram mais do que tempo para evitar o conflito laboral, considera a estrutura representativa dos trabalhadores.

Tanto mais, acrescenta o sindicato, que ao seu pedido de conciliação junto da Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, a administração da IP fez orelhas moucas, mostrando que não pretendia cumprir a palavra dada, há cerca de um ano, quanto à disponibilidade para valorizar as retribuições dos trabalhadores da empresa e das participadas.

Neste contexto, o SNTSF apela a todos os trabalhadores para que se mobilizem e integrem esta jornada de protesto, uma vez que, só assim, unidos, sublinha, vão conseguir fazer valer as suas reivindicações e ver reconhecidos os seus direitos.