Trabalhadores da Cultura manifestam-se em Lisboa, Porto e Faro

LUTA Hoje, 4, os trabalhadores da Cultura vão tomar as ruas de Lisboa, Porto e Faro no âmbito da Manifestação Nacional «Parados. Nunca calados», promovida pelo CENA-STE. Protestam contra a inacção e falta de respostas do Governo.

Um sector precário, empobrecido e indefeso

Para o Sindicato dos Trabalhadores de Espectáculos, do Audiovisual e dos Músicos (CENA-STE), «este é o momento» de «reforçar a unidade e a luta» e de «dizer com clareza o que queremos para a Cultura e para os seus trabalhadores». Daí o apelo à participação nas acções que se vão realizar, entre as 18h00 e as 20h00, em Lisboa, no Rossio, no Porto, na Avenida dos Aliados, e em Faro, nas escadarias do Teatro Lethes.

Sendo essencial o distanciamento social e obrigatório o uso de máscara, os participantes deverão levar algo que identifique a sua actividade, de forma a mostrar a enorme diversidade de profissionais do sector.

Exige-se
medidas

«Passaram três meses desde que a pandemia mudou a vida de todos e de forma muito violenta a dos trabalhadores da Cultura, músicos, trabalhadores de espectáculos e do audiovisual. Num sector em que domina a precariedade, os efeitos são catastróficos e à medida que o tempo passa, sem que sejam tomadas medidas de emergência e de fundo, as consequências são cada vez mais devastadoras e auguram um efeito prolongado sobre a vida dos profissionais e sobre a Cultura», lê-se no Manifesto «Parados. Nunca calados».

Logo que os primeiros espectáculos foram cancelados, o CENA-STE procurou recolher informações sobre os cancelamentos e os seus efeitos, tendo encontrado, como antevia, «um sector precário, empobrecido e indefeso, um sector que carece há muito tempo de um enquadramento legislativo adequado, que tenha em conta as suas características».

«Desenvolvemos e apresentamos ao Ministério da Cultura um caderno de medidas que procuram responder aos problemas urgentes, mas também a problemas antigos, que tardam em ser resolvidos», salienta no texto o sindicato.

No entanto, as respostas do Executivo PS às «propostas» e «reivindicações» são «pouco mais do que silêncio».



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