Frente Comum condena «agenda política»

Ao marcar, em meados de Maio, uma reunião com os representantes dos trabalhadores para dia 8 de Junho, «o Governo pretende pura e simplesmente seguir a agenda normal das negociações, isto é, impor a sua agenda política», protestou a Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública.

Num comunicado de 20 de Maio, a Frente Comum assinalou que a convocatória do secretário de Estado da Administração Pública surgiu passados «mais de dois meses depois de decretado o estado de emergência e da tomada de várias medidas que afectaram os trabalhadores da Administração Pública nos seus salários e nas suas vidas».

O Governo ignorou «todos os pedidos de reunião que lhe foram dirigidos pela FCSAP e as muitas denúncias concretas dos problemas vividos pelos trabalhadores nos serviços públicos», «perante um cenário constante de incerteza e de decisões tomadas sempre de costas voltadas para os trabalhadores e para a Frente Comum».

Na reunião da próxima segunda-feira, a FCSAP «exige que sejam discutidos, ponto a ponto, todos e cada um dos problemas sentidos nos vários sectores», reafirmando que «este é o momento de garantir políticas de reforço dos direitos dos trabalhadores e de investimento público nas funções sociais do Estado». Assim, «reitera o compromisso de se bater pelas medidas constantes da Proposta Reivindicativa Comum para 2020, apresentada ao Governo há quase um ano, sem que tenha sido objecto de verdadeira negociação».

Para garantir «o regresso ao trabalho e a reabertura dos serviços com todas as condições de saúde e segurança para trabalhadores e utentes», a Frente Comum exige que sejam tomadas «medidas urgentes», e «colocará ao Governo exemplos concretos de dificuldades e violações dos direitos dos trabalhadores, para as quais é necessária uma resposta imediata».

 



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