Comunistas sintrenses reiteram defesa de direitos e de um novo hospital público

EMERGÊNCIA Perante a situação de excepção provocada pelo surto epidémico do novo coronavírus, impõe-se a defesa dos trabalhadores, considera a Comissão Concelhia de Sintra do PCP, que aproveita para lembrar a pertinência da construção de um novo hospital público.

Continuaremos a exigir um hospital público gerido pelo Estado

Em dois comunicados nos quais se sublinha, mais do que uma vez, a importância maior da adopção de medidas de prevenção e salvaguarda da saúde pública, bem como o carácter singular do momento, os comunistas sintrenses não deixam, no entanto, de defender a necessidade de preservar os direitos e rendimentos dos trabalhadores, nem se abstêm de notar que a situação releva a importância de avançar para a construção de um novo hospital público no concelho.

Num primeiro documento divulgado pela célula dos trabalhadores comunistas na Câmara Municipal de Sintra (CMS) e nos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento, considera-se por isso «inaceitável» que os rendimentos dos trabalhadores sejam subtraídos, designadamente os salários «daqueles que por via do fecho dos estabelecimentos de ensino ficam com o seu vencimento reduzido a 66 por cento».

No mesmo sentido, acrescenta-se no texto, «não aceitamos que os trabalhadores com vínculos precários sejam dispensados, ou dizendo com clareza, despedidos». Em causa, explica-se, estão «dezenas de trabalhadores» com «vínculo precário nas escolas, nos Parques de Sintra Monte da Lua, entre outros».

Além do mais, sustentam, não é defensável que «o Presidente da CMS fale constantemente da boa saúde financeira da nossa Câmara e, perante uma situação de pandemia, não assegure a saúde, segurança e bem-estar dos trabalhadores da autarquia».

Vida deu razão

Já quanto ao novo hospital, a estrutura concelhia do PCP recorda que «os sucessivos governos integrados por PSD, CDS-PP e PS negaram, e continuam a negar, a construção de um hospital público, de gestão pública, em Sintra, forçando os seus 400.000 habitantes a deslocarem-se ao Amadora-Sintra e ao Hospital de Cascais, os quais se encontram desde há vários anos em ruptura por incapacidade de resposta. Acresce que em recentes casos de ruptura das urgências, os utentes foram encaminhados para os hospitais de Santa Maria e S. Francisco Xavier, em Lisboa».

Ora, lembra-se igualmente no comunicado divulgado recentemente, o PCP defende, há mais de 20 anos, a construção de uma unidade gerida pelo Estado com 300 camas para internamento, aliás como continua previsto no plano distrital de cuidados de saúde. Lamentávelmente, «o COVID-19 veio expor aquela necessidade», e não «o logro escondido no nome de “hospital de proximidade”» que o Governo PS, assim como a CMS, o PSD/CDS e o Bloco de Esquerda defenderam nas últimas eleições autárquicas procurando dividendos políticos.

«Apenas o PCP teve a coragem de denunciar esta mentira e de votar contra a construção de um “Hospital de Proximidade” com 60 camas de convalescença, sem todas as valências hospitalares prioritárias», prossegue a Comissão Concelhia de Sintra, que denuncia, ainda, que «esta solução de mini-hospital beneficia os grupos privados de saúde que investiram na construção de equipamentos no concelho», e garante que, «em Sintra, continuaremos a denunciar o logro e a exigir um hospital público, com 300 camas de internamento e com todas as valências de uma estrutura de plataforma B».



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