O PCP discorda do cancelamento do investimento portuário previsto para o Barreiro, anunciado publicamente e não desmentido pelo Governo. Em comunicado de dia 6, o Partido sublinha que o desenvolvimento do País «reclama o investimento no sector portuário, potenciando os diferentes portos nacionais numa lógica de complementaridade, articulados com outros meios e vias de transporte, que valorizem a produção nacional e que promovam o tráfego de passageiros e mercadorias».

Para o Barreiro estava prevista a construção de um porto de águas profundas, cuja dimensão e impactos, lembra o PCP, «suscitaram justas críticas, desta vez invocando o parecer negativo dado pela Agência Portuguesa do Ambiente – APA». Porém, acrescenta, o que se impõe «não é o cancelamento do investimento portuário no Barreiro, como será intenção do Governo PS, mas a urgente reconsideração das medidas a tomar que assegurem o desenvolvimento daquela infra-estrutura compatível com a qualidade de vida das populações, a defesa dos valores naturais e com o desenvolvimento daquela região e do País».

O PCP aproveita a ocasião para «denunciar a insistência do Governo em negar também a concretização da Terceira Travessia do Tejo, em modo rodo-ferroviário entre Barreiro e Chelas». Trata-se, garante, de uma obra «estruturante quer para a área metropolitana de Lisboa quer para o País». Daí que continuará a intervir para «assegurar o desenvolvimento e o investimento necessário no Barreiro no quadro de uma visão estratégica para a região e para o País».