Grande comício comprova que o futuro tem Partido

CELEBRAÇÃO O comício evocativo do 99.º aniversário do PCP, realizado em Lisboa no dia 6 com a presença de Jerónimo de Sousa, constituiu uma vibrante e emotiva manifestação da força de um projecto revolucionário e de quem o assume desde há quase um século.

As comemorações do Centenário do PCP começaram com um grandioso e belo comício

Foi uma grande festa aquela que, na sexta-feira à noite, fez transbordar o renovado Pavilhão Carlos Lopes para celebrar os 99 anos do Partido Comunista Português e, ao mesmo tempo, iniciar as comemorações do seu centenário. O recinto, embora diferente da memória que dele se tinha quando albergou inúmeras iniciativas históricas dos comunistas, revelou-se uma escolha acertada para uma realização desta natureza e envergadura.

A decoração e a iluminação, soberbamente cuidadas, faziam sobressair os tons avermelhados, a que as bandeiras rubras do Partido e da JCP deram ainda mais realce. Em garrafais letras brancas, a ladear o palco, o lema que, sendo deste tempo, é prática de sempre dos comunistas e do seu Partido: Intervir, lutar, avançar!

E como caracterizar a componente cultural do comício senão com adjectivos como «sublime» ou «emocionante»? O grupo de bombos Bardoada, de Pinhal Novo, imprimiu um ritmo alegre ao comício, marcando o seu início. Os tradicionais hinos, o Avante, Camarada, A Internacional e A Portuguesa, para além do Hino de Caxias, foram magistralmente interpretados ao vivo por Manuel Pires da Rocha (violino), Tiago Santos (guitarra), Luísa Basto e Sofia Lisboa (ambas na voz). A actriz Fernanda Lapa emprestou a sua voz – e a sua imensa expressividade – ao poema de José Carlos Ary dos Santos, A Bandeira Comunista.

O filme, exibido antes das intervenções, no qual se apresentou as linhas gerais das comemorações do Centenário do Partido (ver página 9) arrancou não poucos aplausos e vivas ao PCP.

Pela terra sem amos

Apresentado pela locutora Raquel Bulha, o comício dos 99 anos do PCP ficou marcado por uma fortíssima presença da juventude, em número como em entusiasmo, patente na entrada no recinto em desfile, ao som de palavras de ordem como «JCP, Juventude do PC». Na sua intervenção, a dirigente da JCP Filipa Brás explicou por que tantos jovens se juntam hoje a um partido de «quase cem anos»: é que o PCP, garantiu, não é «mais um partido, o PCP é o Partido! É o colectivo, é a força dos que nele militam, é a projecção do que ainda está por vir, é a defesa do que os jovens, os trabalhadores e o povo português mais aspiram».

A direcção do comício ficou a cargo de José Capucho, do Secretariado e da Comissão Política do Comité Central, que destacou o papel do PCP na resistência ao fascismo e ao colonialismo, na Revolução de Abril e suas conquistas, na resistência à contra-revolução e à política de direita, a sua luta pela satisfação das aspirações dos trabalhadores e do povo pela alternativa patriótica e de esquerda, o seu projecto de democracia avançada, socialismo e comunismo.

Estas e outras ideias foram desenvolvidas na intervenção de Jerónimo de Sousa, para quem o PCP revelou ao longo de quase um século ser um Partido Comunista «digno desse nome», que lutou sempre ao lado dos trabalhadores e do povo, por mais duras que fossem as condições, e que não abdica da «realização de uma terra sem amos, liberta da exploração e da opressão».



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