Forte greve de enfermeiros na ARSLVT
A greve dos enfermeiros da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, no dia 12, teve uma adesão superior a 80 por cento, comprovando que os profissionais de enfermagem dos centros de saúde, da DICAD (Divisão de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências) e dos serviços centrais «estão fartos e exigem soluções».
«Face à revolta manifestada pelos enfermeiros», que foi manifestada no exterior da sede da ARS, em Lisboa, ao fim da manhã, o conselho directivo (CD) recebeu uma delegação do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, que entregou ao presidente do CD um caderno reivindicativo. Numa nota publicada ainda nessa quinta-feira, o SEP/CGTP-IN informou que «estabeleceu um prazo de 60 dias para o CD apresentar propostas de resolução das situações reportadas», mas exigiu «no imediato» duas medidas:
– que o CD «efectue a legal contabilização de 1,5 pontos/ano, até 2014, aos enfermeiros que alegadamente não têm avaliação do desempenho»;
– que «dê orientações claras a todos os ACES [agrupamentos de centros de saúde] para que sejam atribuídos no mínimo 2 pontos, no biénio 2017-2018, e promova as progressões devidas desde Janeiro de 2019».
Desde há cerca de dois anos que o SEP reclama da ARSLVT as correcções relativas a descongelamento e transição de carreiras, que noutras regiões já foram feitas. O sindicato afirma que a maioria dos enfermeiros da ARSLVT com mais de 23 anos de carreira está a auferir um salário igual ao dos profissionais com um mês de trabalho. Por outro lado, «estão a ser descategorizados» os enfermeiros especialistas, em especial os que exercem funções de chefia.
Entre as medidas inscritas no caderno reivindicativo constam: a contratação de mais enfermeiros para os centros de saúde e para a DICAD; garantia da segurança no exercício profissional dos Cuidados Domiciliários e da Saúde Pública; Enfermeiro de Família para todos os utentes; contratação de outros profissionais (auxiliares e motoristas) para funções de suporte; abertura de mais Unidades de Cuidados na Comunidade.