ERC confirma campanha persecutória da TVI contra o PCP

VERDADE A Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC) emitiu uma deliberação, no dia 25 de Julho, em que reconhece a razão do PCP quanto às mentiras, à calúnia e à difamação contra si lançadas pela TVI.

A ERC confirmou o que há muito era evidente

O PCP reagiu nesse mesmo dia, em comunicado, à divulgação da deliberação da ERC sobre a operação que «visou a honorabilidade do Secretário-geral», que teve expressão na rúbrica da jornalista da TVI Ana Leal, garantindo que ela confirma o óbvio: «a campanha persecutória que a TVI desenvolveu ao longo de dois meses baseou-se, como o PCP sempre denunciou, em mentiras, calúnia e difamação.»

Aquilo que a entidade reguladora agora confirma é o que «desde o início esteve patente». Segundo a ERC, verificou-se o «incumprimento cabal» por parte da TVI «dos deveres de precisão, clareza, completude, neutralidade e distanciamento no tratamento desta matéria, o que originou a construção de uma reportagem marcadamente sensacionalista, sendo factores que fragilizam o rigor informativo por contribuírem para uma apreensão desajustada dos acontecimentos por parte dos telespectadores». É a própria entidade que regista ser «notório o enviesamento e a falta de isenção da TVI», o «desequilíbrio» e a «descontextualização», bem como a «emissão de conclusões sem identificação de fontes de informação».

Ora, garante o PCP, quando a ERC refere «falta de rigor informativo», o que faz é (ainda que com outras palavras) reconhecer que a TVI «mentiu deliberada e reiteradamente para dar corpo a uma operação de difamação construída para desinformar, manipular e enganar». O Partido acrescenta que se regista, «enquanto implícita confissão, que a TVI não tenha oposto contraditório pela simples razão que não tinha argumentos para o fazer». De facto, prossegue o comunicado do PCP, o que foi difundido era falso e a TVI sabia-o. Apesar de «sucessivas denúncias e demonstrações documentadas das mentiras em que insistia», a estação televisiva continuou a reproduzir-las.

Tem de haver consequências
O PCP regista ainda, da deliberação da ERC, o facto desta ter dado conhecimento dos factos atrás descritos à Comissão da Carteira Profissional de Jornalista. Porém, realça o Partido, o que «releva desta operação da TVI não são os actos ditados por óbvios desvios comportamentais reveladores em si da desqualificação profissional de quem deu rosto às peças, mas sim a opção editorial de quem, no comando da TVI, permitiu que a operação de difamação tenha beneficiado de mais de três horas de emissão e a “honra” de abertura de quatro edições do Jornal das 8».

Já a «recomendação» à TVI para a «necessidade de cumprimento escrupuloso dos deveres impostos em matéria de rigor informativo, rejeitando todas as formas de sensacionalismo», com que a ERC conclui a sua deliberação, é, para o PCP, «pouco mais que um piedoso registo sem consequências».

O que se exige, afirma o PCP, é que a TVI «dê conta agora, com expressão idêntica à que dedicou à ofensa ao PCP e ao seu Secretário-geral, da deliberação agora adoptada pela ERC». E, sobretudo, que «peça desculpa pública ao PCP e a Jerónimo de Sousa, assim como às centenas de milhares de telespectadores que durante semanas deliberadamente enganou para sustentar, em pleno período pré-eleitoral, uma operação com indisfarçáveis e repudiáveis objectivos políticos».

 



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