1999: «gratuitidade dos livros escolares para toda a escolaridade obrigatória».

2009: Medidas urgentes: «distribuição gratuita dos manuais escolares para todo o ensino obrigatório, já a partir do próximo ano lectivo».

2015: Medidas urgentes: «distribuição gratuita dos manuais escolares a todos os alunos do ensino obrigatório».

Um doce para quem adivinhar a origem das citações - rufam os tambores, suspense e acertou o informado leitor do jornal Avante! Trata-se claro está de propostas retiradas dos Programas Eleitorais do PCP às eleições legislativas de há 20 e de há 10 anos, acrescentando-se o de há quatro anos.

Esta semana, em pleno 2019, a Assembleia da República aprovou a proposta do PCP de consagração em lei da gratuitidade dos manuais escolares para os 12 anos de escolaridade obrigatória. Passa assim a ter força de lei este avanço com a marca do PCP, depois de nesta legislatura se ter progressivamente alargado o número de crianças e jovens com direito aos manuais. Em Setembro deste ano, pela primeira vez, os estudantes e as suas famílias entrarão no novo ano lectivo com os manuais garantidos e livres desse custo, que ascendia a muitas centenas de euros para muitas famílias, dependendo naturalmente do número de filhos e do ano de escolaridade.

Há muitas lições a tirar desta breve história dos manuais escolares gratuitos. Uma, é que vale a pena lutar. A outra, é que quem nestes anos deu o seu voto à CDU pode sentir-se orgulhoso da escolha certa e de confiança que fez, por saber que o seu voto foi honrado e respeitado. Outra ainda, é que os impossíveis de ontem se transformam em realidade quando há luta, determinação, e se dá mais força ao PCP e à CDU. E mais: que não vale a pena perder mais 10, 15 ou 20 anos para concretizar medidas que são indispensáveis ao País. Avançar é preciso!