A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) surge como «filha» natural do 25 de Abril de 1974 e da conquista da democracia participativa, no caso exercida pelos pequenos e médios agricultores.

«De 1978 para cá, são já 41 anos de acção e reflexão, de proposta e luta – sempre com os agricultores! - e em defesa dos seus sagrados direitos», afirma, em nota de imprensa, a CNA, recordando os seus «cinco grandes encontros nacionais» e os «oito vigorosos congressos», mas também as «dezenas de seminários e encontros temáticos» e as «centenas de reuniões regionalizadas», nas quais participaram «muitos e muitos milhares de agricultoras e agricultores».

Valorizadas são também as manifestações nacionais e regionais promovidas pela CNA e suas filiadas em torno dos problemas concretos da agricultura familiar e da soberania alimentar, algumas delas fora do País, nomeadamente em Bruxelas. Lutas pelo «escoamento a melhores preços à produção nacional», contra o «custo especulativo dos factores de produção», em defesa «dos baldios como propriedade comunitária dos seus compartes» e «dos direitos dos pequenos e médios agricultores», pela «melhoria dos rendimentos das explorações agrícolas familiares, para assegurar a prestação de serviços técnico-profissionais e de formação profissional aos pequenos e médios agricultores que de tais serviços precisam», em «defesa do Mundo Rural, da soberania alimentar no nosso País e pelo direito humano a uma alimentação adequada e acessível», por «uma outra Política Agrícola Comum», destaca a Confederação.

Hoje a «luta mantém-se acesa, apesar das dificuldades por que passamos na vida diária e que são impostas pelo “sistema dominante”», afirma a CNA e suas filiadas, que «não cruzam os braços» e exigem a concretização do Estatuto da Agricultura Familiar «de forma a apoiar, mais e melhor, a vida dos nossos agricultores e a produção nacional».

Integrado nos 41 anos da CNA, no dia 30 de Março, no Fundão, vai realizar-se uma oficina sobre «A reforma da PAC: propostas da agricultura familiar».