Homenagem aos Tarrafalistas
A União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP) voltou a promover, dia 23 de Fevereiro, uma homenagem aos Tarrafalistas, junto ao seu Mausoléu, no cemitério do Alto de S. João, em Lisboa. A cerimónia, apresentada por Nuno Figueira, contou com um momento musical com Pedro Salvador, com temas de Zeca Afonso. Mariana Albuquerque interpretou os poemas «Abandono», de David Mourão Ferreira, «O segredo», de Luís Veiga Leitão, «Poema» e «Regresso», de Amílcar Cabral, e «Aos mortos-vivos do Tarrafal», de Ary dos Santos. O coro Lopes-Graça cantou «A jornada» e «Acordai».
Ana Pato fez uma resenha histórica do campo que abriu como prisão a 23 de Abril de 1936, lembrando que «o Tarrafal foi um campo de morte, o “campo da morte lenta”, um campo de concentração criado à imagem dos campos de concentração nazis».
Sobre o momento presente, a dirigente lembrou que a URAP «não é apenas a organização dos que lutaram pelo derrubamento da ditadura portuguesa», mas de «todos quantos hoje lutam pela liberdade e a democracia».