Boicote ao Festival em Telavive
Numa carta dirigida à Administração da Rádio e Televisão de Portugal, o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) apela à RTP que se retire da edição deste ano do Festival Eurovisão da Canção, em Telavive, Israel.
O documento lembra que Israel é «um Estado à margem do direito internacional», estando em «confronto aberto» com centenas de resoluções da Assembleia Geral e do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Aquele país «ocupa ilegalmente» território palestiniano e promove uma política de «massacres e de factos consumados, orientada para a colonização e para a limpeza étnica», desrespeitando as obrigações decorrentes da IV Convenção de Genebra, denuncia o MPPM, alertando ainda para a continuação da «construção e reforço do “muro de segregação” em território ocupado», para um «bloqueio ilegal sobre a Faixa de Gaza que a generalidade das organizações humanitárias internacionais considera ilegítimo e cruel» e que, segundo as Nações Unidas, «tornará aquele território, a partir de 2020, impróprio para sustentar a vida humana».
O parlamento israelita aprovou ainda uma lei do «Estado-nação» que «confirma a natureza segregacionista do seu regime, discriminando cidadãos com base na sua religião» e reafirma a sua «ambição de ocupar a totalidade do território da Palestina».