Novos nomes, velho roubo
Refere a SANA (agência noticiosa síria) que helicópteros dos EUA levaram cerca de 40 toneladas de ouro da Síria no âmbito de um acordo com o grupo terrorista Daesh (também conhecido por Estado Islâmico).
Por outras palavras, os EUA garantiram a evacuação de centenas de terroristas do Daesh que se tinham entregado à protecção das tropas norte-americanas. A provar de novo a sua «ajuda desinteressada», os EUA receberam em troca a módica quantia de umas caixas cheias de «despojos», uma «ridicularia» – coisa pouca para tanto esforço – de 40 toneladas de ouro que, por sua vez, os terroristas do Daesh tinham roubado no Iraque e na Síria, onde em nome dos sagrados «valores ocidentais» semearam a barbárie a tentar destruir os Estados sírio e iraquiano e a rapinar os seus recursos.
Talvez conhecendo o provérbio português que diz que «ladrão que rouba a ladrão tem 100 anos de perdão», lá partiram os campeões das «ajudas humanitárias» com o ouro roubado e com os seus protegidos do Daesh, quem sabe, para fazerem a outros Estados o que o Estado sírio soberanamente resistiu que lhe fizessem.
Que destino darão agora os EUA ao ouro roubado a dois Estados soberanos? Tendo presente a sua «característica generosidade e altruísmo», não nos admiremos se canalizarem este ouro para financiar outra dita operação de «ajuda humanitária». Por amor ao povo, é claro. Ou não foi por amor ao povo que levaram a «ajuda humanitária» ao Afeganistão, ao Iraque, à Líbia e teriam levado à Síria, não fosse um «ditador» e o seu povo fazer-lhes frente e infringir-lhes a derrota?...
Houve um tempo em que a acumulação de capital resultou directamente da rapina exercida por piratas e corsários ao serviço da coroa.
O que será que move hoje estes novos piratas e corsários com os seus aviões carregados de «ajuda humanitária»? Será mesmo o povo venezuelano que querem ajudar?… ou será o saque das suas imensas riquezas naturais?…
O ADN do capitalismo não engana e, como diz o povo, «cesteiro que faz um cesto, faz um cento, é só ter verga e ter tempo».