Vibrante comício na Maia atesta determinação do PCP

PORTO Prosseguem em todo o País, em largas centenas de iniciativas, as comemorações do 97.º aniversário do PCP, que decorrem sob o signo do reforço da sua organização, intervenção e influência.

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O 97.º aniversário do PCP foi assinalado no distrito do Porto, no passado sábado, 11, com um comício no Grande Auditório do Fórum da Maia, onde várias centenas de militantes e amigos fizeram «boa cara ao mau tempo» e ali se deslocaram numa tarde de intensa chuva, frio e vento forte. Pelas 15 horas, a iniciativa começou com um momento musical que, durante cerca de meia hora, encantou os presentes.

Em seguida, coube a Tiago Figueiró proferir, em nome da JCP, a intervenção inicial, na qual não se referiu apenas ao aniversário do Partido mas também à intervenção já programada pela JCP para os próximos tempos, com destaque para a campanha «Juntos pela democracia nas escolas», entre outras. O jovem comunista salientou ainda a necessidade premente de, no ano em que se assinala o segundo centenário do nascimento de Karl Marx, «afirmar o marxismo junto da juventude».

Pela Direcção da Organização Regional do Porto do Partido interveio Anabela Mota, do seu Secretariado, começando por afirmar que celebrar um aniversário do PCP é «reafirmar princípios e ideais, é valorizar o papel da classe operária, dos trabalhadores e dos povos na luta pela democracia e a liberdade». De seguida sublinhou a realização recente da Assembleia de Organização do PCP naquela região como sendo expressão da «disponibilidade de intervir e lutar», elencando algumas das decisões aí tomadas, essenciais para a recuperação da «capacidade económica e produtiva deste distrito».

Anabela Mota dedicou parte considerável da sua intervenção às questões decisivas da organização partidária, nomeadamente do seu reforço orgânico como condição inseparável do desenvolvimento da sua actividade e ligação às massas.

Força de muitos combates

Ao Secretário-geral do PCP coube a intervenção de fecho daquele comício, na qual destacou «a dedicação, a coragem, a determinação dos comunistas do Porto e desta região», que ao longo da história do Partido estiveram sempre presentes «nas suas lutas e nos momentos decisivos da vida do nosso País». Realçando a coincidência deste aniversário do PCP com o segundo centenário do nascimento de Marx, Jerónimo de Sousa reafirmou o incontornável reconhecimento do Partido no legado daquela «figura excepcional do movimento operário internacional», bem como nos de Engels e de Lénine.

O Secretário-geral referiu-se ainda à presente situação internacional sublinhando o «acumular de perigos decorrentes da ofensiva exploradora e agressiva do imperialismo», dando vários exemplos dos conflitos e agressões contra os países e povos que actualmente se verificam. Como sublinhou, «não basta lamentar a guerra. É necessário entender as suas causas mais fundas», acrescentou, referindo-se à ingerência externa em países como a Síria.

Já no que concerne à política nacional, Jerónimo de Sousa afirmou não haver nenhum período da história contemporânea do nosso País que não tenha «a marca positiva» da intervenção do PCP «e da sua acção a favor dos trabalhadores, do povo e do País», relembrando depois o papel do Partido nos avanços e resistência conseguidos nos últimos anos.

Em relação ao Governo e ao PS, e aos sucessivos votos contra inúmeras propostas apresentadas pelo PCP na Assembleia da República, o Secretário-geral comunista afirmou categoricamente que é «nas questões centrais, nos direitos dos trabalhadores» que os partidos «são desafiados a colocar-se num lado: ou estão com os trabalhadores ou estão contra eles». Jerónimo de Sousa concluiu destacando a particular responsabilidade do PS na legislação laboral que, garantiu, contraria claramente a Constituição da República Portuguesa.

Enfatizando o valor de toda a acção e luta passada do PCP, Jerónimo de Sousa afirmou que «não menos importante é trabalhar para o que falta fazer, para ir mais longe na resolução dos problemas que enfrenta o nosso povo e o País». Este é, concluiu, o papel do PCP, sempre «determinado e combativo» em defesa dos interesses populares, por uma política patriótica e de esquerda, por uma democracia avançada, pelo socialismo e o comunismo.




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