O prolongamento da rede do Metropolitano de Lisboa ao concelho de Loures é, para o PCP, possível, necessário e prioritário. Num folheto que está a distribuir à população do concelho, o Partido rejeita a opção do Governo pela transformação das linhas Verde e Amarela numa linha circular, um «investimento gigantesco que nada vai acrescentar à rede» e que ainda vai degradar a linha Amarela, transformando-a numa «ligação secundária Telheiras-Odivelas».

Os comunistas lamentam que o alargamento a Loures só esteja a ser defendido pelas forças que compõem a CDU e consideram particularmente lamentável a posição do PS, que fez deste alargamento uma bandeira eleitoral nas autárquicas de Outubro e que, tanto na Área Metropolitana de Lisboa (AML) como no Governo, chumba as propostas do PCP que apontam nesse sentido. Realçando estar «nas mãos da população, através da luta, obrigar o Governo a tomar as opções certas», o Partido sublinha que antes de mais «é preciso pôr o Metro a funcionar, contratando os trabalhadores em falta e autorizando as operações de manutenção indispensáveis».

Para lá desta questão concreta relativa ao Metropolitano, o folheto inclui três «prioridades fundamentais e estruturantes» para concretizar uma verdadeira política de transporte público: alargamento do passe social intermodal a toda a AML, reduzindo custos para os utentes; aumentar a oferta das rodoviárias de passageiros e a rede de parques de estacionamento integrados no sistema de transportes; voltar a investir no transporte ferroviário pesado, reforçando as ligações com a rede das rodoviárias.