João Lourenço reafirma objectivos políticos da sua intervenção

O presidente angolano tem reiterado, em intervenções públicas nas últimas semanas, a intenção de pôr fim à corrupção e à impunidade face a «práticas contrárias aos interesses públicos e dos cidadãos». João Lourenço substituiu há cerca de dois meses José Eduardo dos Santos na chefia do Estado, tendo-se apresentado às eleições realizadas a 23 de Agosto sob a consigna «corrigir o que está mal, melhorar o que está bem».

Em cerca de 60 dias, para além de significativas mudanças no elenco governativo, João Lourenço promoveu alterações profundas em diversas áreas do aparelho estatal, incluindo nas Forças Armadas e Administração Interna, Justiça e Finanças, no sector empresarial público e participado e no Fundo Soberano.

De resto, na tomada de posse da nova administração da petrolífera angolana, a principal empresa do país, João Lourenço instou os gestores a cuidarem da «galinha dos ovos de ouro», deixando críticas à falta de perspectiva estratégica e de investimentos concretos no reforço e aperfeiçoamento do negócio prioritário da Sonangol.

Na cerimónia oficial das comemorações do 42.º aniversário da independência da República Popular de Angola, realizada a 11 de Novembro na província de Huíla, João Lourenço sublinhou que «o país não pode continuar à espera de dias melhores sem se empenhar seriamente nas acções que conduzam a esse resultado».

«Depois da conquista da nossa independência política e da salvaguarda da integridade territorial, da unidade, da democracia, da paz e da reconciliação, falta agora a conquista da nossa independência económica», prosseguiu.

O presidente angolano considerou por isso o desenvolvimento e diversificação da economia, envolvendo «todas as forças vivas que contribuem para a produção da riqueza», bem como a melhor distribuição desta, as grandes prioridades nacionais. E insistiu na necessidade de, «ao mesmo tempo, neutralizar ou reduzir a influência nefasta dos que apenas se preocupam em servir-se descurando a defesa do bem comum».




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