Os livros da Festa

Domingos Lobo

Uma mão cheia de novidades das edições Avante! e Página a Página, da poesia à história das ideias, do ensaio político e económico à ficção literária. Estiveram presentes dezenas de editoras neste «ponto de passagem obrigatório» da nossa Festa maior.

Como novidade, que se aplaude, um espaço climatizado, permitindo que o ar fresco circulasse na vasta tenda. Iniciativa a prosseguir em próximas edições.

Para além da Festinha do Livro, dedicada aos mais jovens leitores, foi a programação do Auditório, como sempre, a que congregou mais público, público atento e participativo, que encheu as sessões de apresentação de livros e dos debates em torno das obras. Do que ali se disse e aconteceu, procuramos, em síntese, deixar-vos notícia.

 

A Escrita em Dia

Sexta-feira, 21.00 – Portefólio, de Sérgio de Sousa. Deste livro de contos de Sérgio de Sousa, retirei do meu texto de apresentação uma frase definidora da obra: Precisamos do ritmo narrativo que se solta da escrita de Sérgio para que, na azáfama do quotidiano, não percamos a essência das coisas e do tempo e nele vivamos apenas um voo cego a nada.

Sexta-feira – 22.00 - O Despontar do Elefante com Pés de Barro, de Francisco do Ó Pacheco. O cineasta Vicente Alves do Ó referiu tratar-se de um «romance histórico, baseado no processo violento que nos finais dos anos 1960, por iniciativa do governo fascista de Marcelo Caetano, levou à descaracterização paisagística e humana de Sines, para ali se erguer um complexo industrial e um porto de águas profundas», processo que Álvaro Cunhal designaria por um elefante com pés de barro.

Esse «novo tempo» trouxe a violência policial, as perseguições da PIDE, o medo instalado numa pacata vila do Alentejo.

Numa sociedade democrática o poder não pode nunca assumir-se contra a vontade das populações, rematou o autor. Mas estava-se em finais dos anos 1960, e o fascismo luso não ligava a essas minudências.

Sábado, 12.00 – Das Estradas e das Estrelas, romance de José Vultos Sequeira. Miguel Tiago disse haver «neste livro uma estética da resistência, com uma linguagem diferente e bela sobre a matéria do trabalho, a humanização do ser através da sua prática», dado que este discurso ficcional está «ligado ao mundo da oficina, à fábrica, ao processo do operário em construção». Vultos Sequeira, numa metáfora plena de significado: o ferro a ser trabalhado também pode ser uma flor.

Sábado, 21.00 – Forte de Peniche, Memória, Resistência e Luta.

Este livro, iniciativa editorial da URAP, contou com a presença Vítor Dias, que definiu a obra como um contributo para o «movimento de opinião em defesa do Forte de Peniche, impedindo a privatização, para fins hoteleiros, daquele espaço histórico»; Manuela Bernardino, referiu os movimentos de solidariedade para com os presos políticos e suas famílias, «que foi uma constante ao longo dos 48 anos do fascismo e também um factor de resistência»; Anabela Carlos, filha de presos políticos, revelou que esteve presa em Peniche com a mãe até aos 3 anos de idade; José Pedro Soares e Marília Villaverde Cabral convidaram os presentes para a inauguração do Monumento de homenagem aos presos políticos, a ter lugar em Peniche a 9 de Setembro, pelas 16h.

Domingo, 11.00 – Clube Mediterrâneo: doze fotogramas e uma devoração, texto de João Pedro Mésseder, ilustrações de Ana Biscaia.

Este livro é, para além da sua rara qualidade de escrita, das impressivas ilustrações que o constituem, um magnífico objecto gráfico. Livro sobre o drama dos refugiados, sobre a dureza das suas vidas e lutas. Ana Biscaia afirmou não lhe ter sido «fácil desenhar sobre isto, sobre este drama, é muito penoso fazê-lo, daí ter desenhado os rostos de frente, dando-lhes a máxima dignidade». Mésseder, o autor dos textos: «a alteridade deste texto, visa um sentido global, o diálogo intercultural.»

Domingo, 15.00 – Quando Portugal Ardeu, de Miguel Carvalho.

Agostinho Lopes, disse que «o Portugal trauliteiro, fascista e contra-revolucionário» está nele amplamente caracterizado. «O terrorismo político não começou com os talibã. Quem ensinou os criminosos a colocar bombas em carros que rebentaram em Fátima, no carro do padre Max, ou à porta do Centro de Trabalho Vitória? Quem deu tratamento VIP a Ramiro Moreira, quem o indultou e absolveu dos crimes?» Mas, «mesmo depois dos assaltos aos Centros de Trabalho do PCP a Norte de Rio Maior e dos incêndios, a luta e o trabalho dos comunistas e de outros democratas prosseguiu, permitindo que o 25 de Novembro não atingisse os fins a que se propunham os seus mentores».

O autor, referiu querer «continuar a desassossegar algumas narrativas feitas sobre a nossa história recente, e algumas biografias tidas por intocáveis»

 

 A Escrita em Pessoa

Quatro convidados de vulto, referências da nossa cultura, estiveram no Auditório em conversas descontraídas e informais: Rita Taborda Duarte, Ana Margarida de Carvalho, Nuno Gomes dos Santos e António Borges Coelho.

Rita Taborda Duarte, autora com reconhecida obra para os mais jovens, disse «compreender que será mais fácil aos pais colocar os miúdos frente à TV, ou ao tablet do que acompanhá-los na leitura de um livro, mas essa atitude não contribuirá para a formação dos miúdos. Os livros têm a função de despertar o imaginário das crianças.» José Oliveira, moderou a conversa.

Os dois romances de Ana Margarida de Carvalho, Que Importa a Fúria do Mar e Não se Pode Morar nos Olhos de Um Gato, constituíram matéria central para o diálogo entre a autora e o moderador Domingos Lobo. A autora referiu a pesquisa necessária para colher elementos que lhe permitiram escrever – de forma brilhante e única na nossa actual literatura, digo eu –, sobre a revolta da Marinha Grande e dos marinheiros, do campo da morte que foi o Tarrafal, e do tráfico de escravos que fizeram o período mais sinistro da nossa história durante quatro séculos.

Nuno Gomes dos Santos proporcionou-nos um serão de música (continua a ser um inspirado compositor), de palavras que revelaram um percurso de 50 Anos de Cantigas e 25 de Livros, de afectos, de lutas, de amizades, de poemas, de jornais. Com amigos que se juntaram, cúmplices, para a homenagem: Luisa Ortigoso, Pedro Tadeu e Vítor Paulo.

António Borges Coelho disse com ironia, a Zeferino Coelho e à vasta plateia que se juntou para os ouvir: Quando saí do Seminário estava convencido que iria parar ao Inferno. Conheci em Murça, a minha terra, um pedreiro que tinha enterrados no quintal A Mãe, de Gorky e A Relíquia, do Eça, e deu-mos a ler. Contribuíram ambos para acelerar o meu caminho para o Inferno.

 

A Escrita em Luta

Sábado, 16.00 – Cem Anos que Abalaram o Mundo – Intervenções de Albano Nunes sobre a antologia de textos de V. I. Lénine, A Grande Revolução Socialista de Outubro; Rui Mota, com referência à antologia de Álvaro Cunhal A Revolução de Outubro, Lénine e a URSS e Maria da Piedade Morgadinho, sobre Dez Dias que Abalaram o Mundo, de John Reed.

Albano Nunes referiu que os textos seleccionados para a presente antologia desenvolvem várias formas e cobrem todos os campos do saber e da actividade humanas. Os textos de Lénine são preciosa amostragem de uma obra valorosíssima, que expressam uma realidade em movimento.

Rui Mota, disse, sobre a obra de Cunhal, que os textos que constituem a presente antologia foram escritos ao longo de 60 anos, e alguns após a queda do socialismo na URSS. A lição a tirar da singular experiência social e política que foi a Revolução de Outubro é a de que uma sociedade socialista só se constrói com os trabalhadores e nunca contra eles.

Sobre o famoso e imprescindível texto de Reed, disse Maria da Piedade Morgadinho ser um livro só possível dado ter sido escrito por um revolucionário – escrito com rigor e paixão – e salientou a frase final do livro de Reed: «sem a Revolução de Outubro, jamais os povos russos se libertariam da exploração e da miséria».

Sábado, 17.30 – Encruzilhadas da situação política internacional – Intervenções de Jorge Cadima, com referência ao livro A Terceira Guerra Mundial e o Fundamentalismo Islâmico, de Domenico Moro e Luís Carapinha, sobre o livro A Nova Rússia é “de Direita” ou “de Esquerda”, de Bruno Drweski.

Jorge Cadima, que referiu o fundamentalismo islâmico e os contornos dos seus apoios, a ingerência do imperialismo em países laicos (Iraque, Síria), que conduziram à actual situação, salientando que os fundamentalistas são financiados, entre outros, pela Arábia Saudita e pelos EUA, por isso não temos dificuldade em perceber por que demónio Israel lhes dá apoio médico. A França, com o pretexto de lutar contra a ditadura de Kadhafi, teve um papel activo na destruição da Líbia.

Por seu turno, Luís Carapinha disse, a propósito da actual realidade russa, que esta permanece numa situação ambígua, sujeita às dinâmicas das forças internacionais que obrigam a Rússia a situar-se próxima dos países do Sul, estratégia da qual não pode ser alheio o peso que a memória do período soviético ainda tem no imaginário dos seus povos.

Sábado, 18.30 – O Capitalismo em questão – Sessão com intervenções de António Avelãs Nunes, sobre os seus livros Do Capitalismo e do Socialismo e A Crise do Capitalismo e de Vasco Cardoso e João Oliveira, sobre o livro Euro, Dívida, Banca. Romper com os Constrangimentos, Desenvolver o País.

António Avelãs Nunes: O capitalismo popular é uma fantochada; a história está cheia de crimes contra a humanidade praticados pelos accionistas das grandes empresas, pela banca e pelas agências de rating; o tratado de Maastricht representou a cedência da Europa ao neoliberalismo.

Vasco Cardoso: Os últimos 15 anos foram marcados em Portugal por forte estagnação produtiva e económica; deixámos (desde a adesão à EU e à moeda única) de criar riqueza que permita estabelecer condições de vida digna para as gerações futuras; para comprarmos um avião à França quantos milhões de sapatos precisamos produzir?

João Oliveira: É preciso dar resposta aos problemas estruturais do País, existe, para tanto, uma alternativa patriótica e de esquerda; três condições para o futuro: reforço do PCP; desenvolver a luta dos trabalhadores; alterar, através do voto, a correlação de forças.

Três dias de debate, de palavras urgentes, de ideias mobilizadoras, de denúncias justas. E livros para ler, para consolidar consciências, para abrir horizontes que possam conduzir a uma vida mais justa e livre. Livros que trazem dentro os sonhos de Abril.

 



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