Continuar a construir o futuro no concelho do Seixal
SEIXAL A Sociedade Filarmónica Operária Amorense acolheu, dia 29, a apresentação pública dos cabeças de lista da CDU aos órgãos autárquicos do concelho, candidatos com uma visão de desenvolvimento e de futuro.
O nosso projecto é vivido em caminhos partilhados
Naquela histórica associação estiveram várias centenas de pessoas que, com a sua presença, deram o seu apoio a um primeiro conjunto de candidatos apresentados, profundos conhecedores da realidade do concelho do Seixal.
Joaquim Santos e Alfredo Monteiro voltam a encabeçar as listas para a Câmara e Assembleia Municipal, respectivamente.
Na sua intervenção, Joaquim Santos, actual presidente da autarquia, começou por traçar como objectivo da CDU, nas eleições autárquicas de 1 de Outubro, «conquistar todos os órgãos autárquicos» do concelho do Seixal, «reforçando a sua votação, com mais votos e mais mandatos».
«O Seixal é hoje um dos concelhos de referência do País, palco de grandes iniciativas e projectos, graças ao trabalho da CDU, sempre em parceria com as instituições, com os trabalhadores e a população», destacou o candidato.
Relativamente ao actual mandato, Joaquim Santos salientou o facto de a CDU, na Câmara e Assembleia Municipal, assim como nas juntas de freguesia do concelho, ter «não só cumprido o programa eleitoral escolhido maioritariamente pelos cidadãos», como «até tivemos capacidade, muitas vezes, de o ultrapassar». Na autarquia, informou, nos últimos quatro anos «concretizámos um conjunto elevado de investimentos e de apoios» e, ao mesmo tempo, «reduzimos a dívida em 16 milhões de euros», o que possibilitou reforçar o orçamento de 2017 em mais 12 milhões de euros.
Caminhos partilhados
Alfredo Monteiro manifestou, de igual forma, grande «confiança» nos candidatos apresentados e no projecto da CDU, tendo valorizado «a obra realizada, visível no terreno». «O nosso projecto é vivido em caminhos partilhados, construído em participação plural e sem verdades absolutas, assente na parceria e na cooperação, no envolvimento das instituições sociais, da comunidade educativa, do movimento associativo, das comunidades migrantes e dos agentes económicos», esclareceu.
O actual presidente da Assembleia Municipal do Seixal reafirmou ainda o compromisso de «defesa e valorização do Poder Local Democrático, uma das mais sublimes conquistas de Abril, indissociável do progresso alcançado no País e na qualidade de vida dos portugueses».
Recordou que com o anterior governo PSD/CDS e a subordinação à troika estrangeira «assistimos à retirada da autonomia do Poder Local Democrático e à sua asfixia financeira com redução acentuada das transferências do Orçamento do Estado, quadro em que o reiterado incumprimento da Lei das Finanças Locais atingiu desde 2010, ainda do tempo do governo PS, cerca de dois mil milhões de euros».
«Com a derrota da direita em 2015 foi possível recuperar algumas áreas fundamentais da autonomia das autarquias, como, por exemplo, a contratação de trabalhadores, a par da reposição de salários e pensões», assim como do «regime do trabalho laboral de 35 horas horas semanais para a administração pública», destacou, frisando «a importância da luta dos trabalhadores e das suas organizações sindicais» neste processo.
Luta continua
Apresentados por Paula Santos, deputada à Assembleia da República e do Comité Central do PCP, foram também os primeiros candidatos da CDU às assembleias de freguesia de Amora, Manuel Araújo, de Corroios, Eduardo Rosa, de Fernão Ferro, Jorge Silva, e da União das Freguesias de Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires, António Santos.
Manuel Araújo, numa saudação em nome dos quatro candidatos às assembleias de freguesia, defendeu que «as autarquias devem ser dotadas de competências próprias e universais, separando claramente o que deve ficar no Estado, nos municípios e nas freguesias». Por seu lado, as «novas competências» devem ser acompanhadas com «recursos» e «uma nova lei das finanças locais».
O actual presidente da Junta de Freguesia de Amora reclamou, por outro lado, que as freguesias extintas «sejam repostas o mais rapidamente possível» e, relativamente a esta matéria, lançou um desafio aos partidos concorrentes às eleições autárquicas de Outubro: «Clarifiquem as suas posições».
Apresentação de soluções
No final, Margarida Botelho, da Comissão Política do Comité Central do PCP, sublinhou a dimensão «cultural, cívica e humana» do concelho do Seixal. «Um trabalho e uma obra que é inseparável da contribuição dada pelas centenas de eleitos que nos órgãos municipais e nas freguesias, ao longo destes 43 anos de Poder Local Democrático, que assumiram e assumem a responsabilidade de dar corpo ao projecto da CDU» e de «muitas centenas de outros, trabalhadores das autarquias, activistas da CDU, militantes do PCP, do PEV, dirigentes de organizações populares e sociais, que asseguram a nossa ligação aos trabalhadores e à população do concelho», afirmou.
No palco estiveram também Pedro Neto, da Juventude CDU, Sónia Brandão, da Célula dos Trabalhadores das Autarquias do Seixal, Nuno Santos, dos Organismos Executivos da Comissão Concelhia do Seixal do PCP, Vasco Paleta, do Executivo da Direcção da Organização Regional de Setúbal (DORS) do PCP e responsável pelo concelho do Seixal, Antónia Lopes, dos Organismos Executivos da DORS e do Comité Central do PCP, e Susana Silva, da Comissão Executiva Nacional do Partido Ecologista «Os Verdes».