Protesto pelo insulto e ingerência
O Parlamento aprovou três dos quatro pontos do voto apresentado pelo PCP de protesto e repúdio pelo que considera serem as «palavras insultuosas» do presidente do Eurogrupo e a nova ameaça de sanções a Portugal por parte do BCE. PSD e CDS votaram contra todos os pontos, sendo acompanhados pelo PS naquele onde se afirma a rejeição do Tratado Orçamental, diplomas de Governação Económica e processo do Semestre Europeu. As restantes bancadas votaram favoravelmente o texto do PCP (PAN absteve-se no ponto rejeitado).
O líder parlamentar do PCP alertou para a necessidade de não «concentrar as atenções» apenas nas declarações ou na figura, «desligando-as de todos os instrumentos de pressão e chantagem sobre o nosso País», sob pena de se «ver apenas uma parte do problema».
Para João Oliveira é óbvio que as declarações são «sobranceiras, sexistas e xenófobas, de quem se julga dono de países e estados soberanos». Constatou ainda que tais declarações de Jeroen Dijsselbloem confirmam a inexistência de condições para se manter no cargo e são o reflexo daquela que tem sido a «atitude de domínio e controlo de estados-membros sobre outros estados-membros da União Europeia».